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Hacker revela como invadiu carteira de Bitcoin de figura famosa

O desenvolvedor John Cantrell revelou como conseguiu invadir um endereço de Bitcoin para ganhar uma recompensa. A revelação foi feita no artigo publicado nesta quinta-feira, 18 de junho.

A invasão fazia parte de um desafio lançado no Twitter pelo CIO da Altana Digital, Alistair Milne. Em 28 de maio, ele publicou:

“As chaves privadas da carteira 1BTC em: 3HX5tttedDehKWTTGpxaPAbo157fnjn89s foram geradas a partir de uma semente mnemônica de 12 palavras. Nos próximos 30 dias, lançarei as palavras (ou uma pista para uma palavra) em minhas várias páginas de mídia social.”

Um trilhão de mnemônicos em 30 horas

Assim, a partir de maio Milne começou a publicar dicas para uma frase inicial de 12 palavras para acessar um endereço de carteira que continha 1 BTC. Assim, quem conseguisse executar o desafio, ganharia o Bitcoin.

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E foi o que Cantrell fez.

Em “Como eu verifiquei mais de 1 trilhão de mnemônicos em 30 horas para ganhar um Bitcoin”, o hacker detalhou o procedimento executado.

Como o título do artigo adianta, Cantrell contou que levou 30 horas para revisar cerca de 1,1 trilhão de possíveis mnemônicos com as oito palavras-chave que Milne deu.

Um mnemônico é uma frase inicial de 12 ou 24 palavras para uma chave privada de Bitcoin que concede acesso total aos fundos que são mantidos nela.

Milne fracassou em impedir que alguém adivinhasse

A intenção de Milne era postar as últimas quatro dicas juntas, para impedir que alguém as adivinhasse. Mas não adiantou, pois Cantrell encontrou a resposta com oito dicas. Só que isso não foi fácil.

Primeiro, ele escreveu um programa para calcular o tempo, a potência estimada do computador e a possibilidade de adivinhar as quatro palavras restantes. Foi quando ele percebeu que levaria 25 anos para isso se usasse o poder computacional de seu laptop.

Assim, ele alugou placas gráficas e o serviço de computação em nuvem da Microsoft, o Azure. Então, ele escreveu um software que distribuiria o trabalho em lotes por cada placa gráfica.

“No pico, eu estava testando cerca de 40 bilhões de mnemônicos por hora. Isso significa que demorou cerca de 25 horas para testar os 1 trilhão de mnemônicos. Eu sabia que, em média, levaria apenas 50% do tempo (dependendo do que a palavra 9 fosse realmente)”, explicou.

Depois de horas sem o resultado esperado, o desenvolvedor conta que quase desistiu e cogitou desligar a máquina. No entanto, depois de tentar 91% das possibilidades, conseguiu encontrar a solução e acessou a carteira.

Para acelerar a validação da transação, incluiu uma alta taxa para os mineradores: 0,01 BTC (quase R$ 500). Minutos depois o Bitcoin era seu.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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