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Hacker brasileiro faz pirâmide financeira devolver dinheiro de investidores

Cerca de 40 pessoas conseguiram recuperar seus investimentos em uma pirâmide financeira graças a ação de um hacker brasileiro.

O suposto esquema de pirâmide, que não possui autorização da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para atuar no mercado, é a Oasis Mercosul. 

Oasis Mercosul prometia lucros de 20% ao mês

De acordo com as informações publicadas pelo Cointelegraph Brasil, o hacker foi identificado apenas como Laércio. Ele teria atacado a suposta pirâmide e, com isso, conseguiu devolver o dinheiro das pessoas lesadas pelo esquema.

Conforme noticiou o CriptoFácil, a Oasis Mercosul, acusada de pirâmide financeira, oferece lucros de até 20% ao mês por meio de supostas arbitragens realizadas com Bitcoin e outras criptomoedas. O apresentador Carlos Massa, conhecido como Ratinho, chegou a fazer promoções da empresa.

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Além disso, a Oasis Mercosul tem como membro Cristiano Dalla, que já participou de outras duas empresas que interromperam pagamentos e lesaram clientes: GooDream e NiCash.

Hacker invadiu a plataforma da empresa

Mesmo sem autorização da CVM, a empresa conseguiu captar mais de 17 mil clientes no Brasil. E, como é de costume nesses esquemas, a Oasis estava atrasando o pagamento dos investidores.

Assim, um grupo lesado pelo esquema decidiu agir por meios próprios, ou quase isso. Eles entraram em contato com o hacker para pressionar Dalla sobre os pagamentos.

Com isso, segundo o Cointelegraph, o hacker conseguiu invadir a plataforma e identificou o esquema fraudulento da empresa.

Além disso, ele teria acessado arquivos “comprometedores” do presidente da Oasis Mercosul.

Desta forma, ele teria ameaçado vazar os arquivos caso a empresa não pagasse uma lista de cerca de 40 investidores. Então, no dia 15 de julho, os pagamentos começaram a ser realizados. A empresa prometeu concluir todos os pagamentos até esta sexta-feira, dia 17 de julho. 

“Esse foi o primeiro”

O Cointelegraph conseguiu entrar em contato com o hacker que invadiu a plataforma. Ele teria compartilhado com o portal comprovantes de depósitos da empresa.

Laércio também teria dito que não fez o ataque por dinheiro e sim por diversão:

“Não recebi nada por isso. Fiz só por diversão. O cara da Oasis é um golpista e estava na hora deste tipo de pessoa ser punida no Brasil. Já que as autoridades não fazem nada, nós vamos fazer. Ele foi o primeiro”, disse.

O hacker ainda deu a entender que pretende fazer outros ataques como este:

“Estamos investigando. Tem muito golpe, uma hora a casa cai e tu vai noticiar”, respondeu.

Hacker herói?

Ao menos 10 pessoas confirmaram a história ao Cointelegraph. Elas disseram que estavam na lista e que receberam os pagamentos graças ao hacker.

“Se não fosse ele tudo estava perdido. Nós conseguimos receber, mas sabemos que milhares vão perder tudo”, revelou.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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