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Gregorio Duvivier destaca riscos do day trade em programa de humor

O 20º episódio da 4ª temporada do programa da HBO, Greg News, abordou o Day Trade.

No episódio, Gregório Duvivier falou sobre os riscos da atividade e a possível formação de uma bolha financeira no mercado brasileiro. 

Número de investidores individuais na bolsa disparou

Na abertura, o apresentador falou sobre a digital influencer Gabriela Pugliesi, que supostamente começou a operar na bolsa com day trade. Isto é, com a compra e venda diária de ações.

No entanto, como ele informou, Pugliesi não está sozinha. Isso porque entre 2016 e 2020 o número de investidores individuais na bolsa cresceu 440%.

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Além disso, apenas no período da pandemia, o número subiu mais 50%, chegando ao recorde de quase 3 milhões de pessoas. Assim, a expectativa é que o Brasil chegue em 2022 com mais de 10 milhões de brasileiros investindo sozinhos em ações.

Para Gregório, isso é um problema, porque as operações individuais de day trade são muito arriscadas.

Riscos do day trade

O apresentador cita como exemplo um estudo feito por pesquisadores da Fundação Getúlio Vargas (FGV). O grupo acompanhou investidores entre 2012 e 2017 e constatou que 92,1% deles desistiram da atividade em menos de um ano.

Já entre os que insistiram, 97% perderam dinheiro na bolsa. Os 3% que saíram no azul, ganharam menos de R$ 6 mil por mês, o que, segundo Gregório, não paga a vida de luxo que muitos ostentam nas redes sociais.

Ele explicou que, embora isso seja ruim para os traders, é ótimo para a B3 e para os corretores que recebem uma parte de cada transação.

Além da perda de dinheiro, o apresentador ainda citou um outro problema. Gregório lembrou do caso do estudante americano de 20 anos que cometeu suicídio após acreditar ter perdido mais de US$ 730 mil em investimento.

Como informou, pesquisas mostram que jovens traders sentem medo, ansiedade, arrependimento, frustração e até sintomas de estresse pós-traumático pela perda rápida de dinheiro.

Segundo ele, com informações da Financial Times, já há relação entre grandes quedas no mercado e picos no aumento de consumo excessivo de álcool.

Bolha financeira

A entrada massiva de amadores na bolsa fez com que muitos analistas passassem a denunciar a possível formação de uma bolha financeira no Brasil, como destacou o apresentador. 

Segundo ele, se houver, de fato, uma bolha formada por investidores individuais, isso impacta diretamente na economia. Já que quando uma bolha estoura, aumenta a sensação de incerteza que gera um efeito cascata. 

Portanto, os bancos limitam o concedimento de crédito, as empresas perdem novos investimentos e limitam os caixas, afetando o emprego e a renda da população.

Sucesso tem a ver com informação

Para Gregório, o sucesso do investimento na bolsa depende da informação, que faz com que os investidores não estejam em pé de igualdade.

Como exemplo, o apresentador citou as reclamações recebidas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que acusam Rafael Ferri, do Traders Club, de “front running”.

Essa prática ocorre quando um investidor sabe qual movimentação os outros vão fazer e usa essa informação para ganhar dinheiro.

“A verdade é que para os gurus do day trade a informação que eles te dão não é valiosa. Quando tem gente demais te dando informação demais sobre investimentos, provavelmente, a única informação relevante para eles é você. Os seus movimentos, o que você vai comprar, o que você vai vender.”

Por fim, Gregório ressaltou que influenciar o comportamento de milhares de pessoas é uma forma importantíssima de poder.

Pois, com isso, é possível convencer um investidor a “ficar viciado em day trade, pagando taxa de corretagem para as mesmas empresas que são donas do jornal que te disse que day trade estava deixando todo mundo rico”.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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