O chamado “indicador Warren Buffett” atingiu o seu nível mais alto desde a bolha pontocom, ocorrida no início dos anos 2000. Com isso, o número indica que o mercado de ações pode estar supervalorizado.
No dia 20 de agosto, o indicador atingiu 1,7 segundo o Yahoo! Finance. No auge de bolha, em 2001, ele chegou a 1,71 – a média histórica é de 1.
De acordo com Tom Essaye, fundador da Sevens Report Research, esse número é significativo. As ações são consideradas “fundamentalmente supervalorizadas” quando o indicador atinge 1,3. Por isso, 1,7 pode indicar uma queda brusca do mercado.
Para Essaye, os preços têm sido inflados pela injeção de dinheiro do Federal Reserve (Fed). Caso essa política seja interrompida, os índices de bolsas podem ter fortes correções.
“A razão de 1,7 vezes o valor total de mercado em relação ao PIB nos diz que se a inflação de ativos parar, é um longo, longo caminho até o suporte fundamental”, explica.
Entenda o indicador
O índice Warren Buffett recebe o nome do lendário investidor. Foi ele quem o apontou como o mais importante para se analisar individualmente o preço da bolsa norte-americana.
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Seu destaque começou a partir da bolha pontocom. O índice calcula a média entre o PIB dos EUA e o índice Wilshire 5000. Este último é o índice que reúne todas as empresas listadas em bolsa no país.
Ouro e Bitcoin podem ser beneficiados
Em todo o mundo, especialistas destacam o descolamento entre a alta das bolsas e a situação da chamada “economia real”. Enquanto a economia ainda mostra fragilidades causadas pela pandemia, os índices globais seguem quebrando recordes.
Recentemente, a Berkshire Hathaway, liderada por Warren Buffett, investiu na Barrick Gold , a segunda maior mineradora de metais preciosos do mundo.
A medida causou surpresa no mercado, pois tratou-se de uma mudança de postura de Buffett. O investidor sempre rejeitou o investimento em ativos que não geram renda, como ouro e Bitcoin.
Os dois ativos, aliás, podem ser os grandes beneficiados caso o índice Buffett tenha razão. Um recuo potencial no mercado de ações dos EUA poderia fortalecer a busca pelo Bitcoin. De fato, a correlação entre o ouro e o criptoativo tornou-se mais próxima recentemente, segundo dados do Skew.
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