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Governo dos EUA pode apreender ações da Robinhood ligadas a SBF

Conforme noticiou o CriptoFácil, as ações da corretora Robinhood (HOOD) sob posse de Sam Bankman-Fried, o SBF, viraram alvo de disputa. Atualmente, a exchange FTX, bem como a BlockFi, travam uma batalha para decidir quem possui o controle dessas ações.

No entanto, autoridades dos Estados Unidos resolveram entrar nessa briga também. De acordo com uma notícia da Bloomberg, elas teriam apreendido ou em breve confiscarão as 56 milhões de ações da Robinhood vinculadas ao ex-CEO da FTX – Sam Bankman-Fried (SBF).

De acordo com a cotação atual, os papéis valem cerca de US$ 540 milhões, ou R$ 2,1 bilhões em valores atuais. Mas as autoridades acusam SBF de utilizar fundos da Alameda na compra das ações e, portanto, auferir um benefício pessoal.

SBF leva outro golpe

De acordo com uma cobertura da Bloomberg, o governo dos EUA está em processo de apreensão das ações. De fato, uma fonte indicou que os funcionários podem já ter concluído a apreensão.

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A operação faz parte do enorme processo judicial movido contra o ex-executivo da FTX, que enfrenta inúmeras acusações, incluindo fraude eletrônica e lavagem de dinheiro. Nesse sentido, o governo pode apreender as ações para colocá-las no inventário de SBF.

O valor das ações corresponde a uma participação de 7,6% na corretora, conhecida por oferecer custos reduzidos. Quando comprou as ações, SBF classificou a Robinhood como um “investimento atraente”.

Relatórios recentes sugeriram que o ex-magnata da criptomoeda pediu emprestado mais de US$ 500 bilhões da Alameda para financiar o negócio. Além de SBF, o cofundador da FTX Gary Wang participou da compra. SBF ganhou 90% da propriedade dos 56 milhões de ações, enquanto Wang ficou com 10%.

Eventualmente, SBF e Caroline Ellison, ex-CEO da Alameda, usaram as ações como garantia para obter um empréstimo junto com a BlockFi. Mas a corretora não pagou, o que levou a BlockFi a enfrentar problemas e pedir recuperação judicial. Por isso a empresa reclama as ações para si.

Disputa tripartite

Três partes (SBF, BlockFi e Ben Shimon, credor da FTX) alegaram que são os legítimos proprietários das ações. A FTX até pediu às autoridades estadunidenses que bloqueassem as ações para impedir que outras partes tivessem acesso.

A corretora da Emergent – ED&F Man Capital Markets – congelou a participação da HOOD em meados de novembro, logo depois que a FTX e a Alameda Research entraram com pedido de proteção contra falência. O motivo foi que SBF supostamente tentou vender as ações por meio do aplicativo Signal antes da FTX entrar em recuperação judicial.

Por outro lado, SBF nega qualquer tentativa de fraude com as ações e também disse que não pretendia vender os papéis.

Nenhum acordo de aquisição

A FTX expandiu rapidamente sua presença no primeiro semestre de 2022, adquirindo várias empresas de criptomoedas. Alguns relatórios sugeriram que o próximo alvo da plataforma seria a Robinhood, o que explica a aquisição das ações.

Embora a SBF tenha dito nos dias seguintes que gosta do aplicativo da corretora, ele destacou que a FTX não tinha planos de realmente comprá-lo:

“Sempre fiquei impressionado com os negócios que Vlad e sua equipe construíram. Dito isto, não há conversas ativas sobre fusões e aquisições com Robinhood”.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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