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GooDream: o que aconteceu com essa empresa acusada de pirâmide?

A GooDream foi uma empresa que prometia lucros de 1,5% a 3,5% ao dia, sobre supostas operações com criptomoedas.

Contudo, em junho de 2019, a empresa parou de pagar os rendimentos. De acordo com a justificativa da empresa, dificuldades surgiram para sacar valores de outra plataforma.

Desde então, nenhum cliente conseguiu reaver seus valores, e as duas principais figuras por trás da empresa desapareceram.

O caso GooDream

A GooDream, também conhecida como GooDream Global, foi criada por Oziel Rodrigues e atuava, em grande parte, no Paraná.

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Rodrigues logo nomeou Alan Souza, à época diretor de marketing da empresa, ao cargo de vice-presidente.

Ainda não há estimativa oficial acerca do prejuízo gerado pela GooDream. A história seguiu o curso de tantas outras empresas.

Problemas nos saques começaram em maio de 2019, deixando clientes insatisfeitos. Diversas justificativas foram dadas à época, até que um vídeo foi publicado.

No vídeo, Rodrigues e Souza anunciam que uma plataforma internacional estava supostamente travando o dinheiro da empresa.

No mesmo vídeo, Souza se desliga da empresa enquanto Rodrigues afirma que resolveria o problema.

Entretanto, atualmente se sabe que o problema não foi resolvido. Foi bloqueado o login na GooDream e clientes não conseguiram reaver seus valores.

Mais de 160 reclamações foram movidas contra a empresa no Reclame Aqui – algumas feitas há pouco tempo.

Em termos de processos judiciais, a GooDream não figurou em tantos. O site Jusbrasil lista apenas 15 demandas judiciais em nome da empresa.

Ademais, a GooDream trabalhava juntamente com o gateway de pagamento Urpay. Por meio da conta Urpay, era possível enviar e receber pagamentos da GooDream.

Porém, o gateway esteve envolvido com outras empresas que lesaram clientes, como Unick, A2 Trader e até mesmo a exchange 3xbit.

Desta forma, nota-se que caso GooDream foi consideravelmente grave para o mercado financeiro. Nesse ponto, é importante ressaltar que a empresa não tinha autorização para atuar junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Por fim, a empresa ainda rendeu repercussões indiretas para 2020. Isso porque um de seus maiores líderes retornou em 2020 como “presidente” de uma empresa com propostas semelhantes.

Usando sua relevância conquistada na GooDream, ele ajudou a lesar novos investidores em um projeto recente. Trata-se de Cristiano Dalla.

Caso GooDream tem repercussões em 2020

Cristiano Dalla retornou em 2020 com a empresa Oasis Mercosul. Assim como a GooDream, rendimentos exorbitantes eram oferecidos diariamente.

A empresa até mesmo foi divulgada pelo apresentador Carlos Massa, popularmente conhecido como Ratinho.

Dalla fez uma campanha de marketing agressiva, como de costume em empresas como a Oasis.

O resultado não demorou: em pouco mais de três meses, a Oasis Mercosul quebrou. Primeiro, foi anunciada uma manutenção de 15 dias.

Depois, foi anunciada uma fusão com outra empresa. Por fim, um plano de pagamento foi oferecido, que consiste em supostamente pagar os investidores em 15 meses.

Não é errado dizer que a Oasis é um impacto tardio da GooDream. Ao levantar Dalla, a empresa contribuiu indiretamente com o que aconteceu aos clientes da Oasis Mercosul.

E o que aconteceu?

Basicamente, nada aconteceu após o fim da GooDream.

Seus principais líderes ainda estão soltos e, conforme exibido acima, antigos membros continuam fazendo vítimas.

Enquanto nenhuma ação judicial pressionar a atenção das autoridades, parece que os Oziel Rodrigues, Alan Souza e demais membros da GooDream continuarão usufruindo uma boa vida com o dinheiro dos investidores.

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Gino Matos

Tenho 28 anos, sou formado em Direito e acabei fascinado pelas criptomoedas, ramo no qual trabalho há três anos.

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