Categorias Notícias

Golpes com criptomoedas no Instagram disparam em 2020

Durante a pandemia e o isolamento social, os golpes com criptomoedas pela internet aumentaram em todos os setores.

Uma das plataformas que mais sentiram esse aumento foi o Instagram. Por exemplo, existem mais de 1,3 milhão de postagens no Instagram usando a hashtag #Coinbase.

A grande maioria dessas postagens exibe comportamento suspeito. Muitas delas oferecem airdrops e outros golpes conhecidos, usando o nome da empresa.

A Coinbase se recusou a comentar sobre o caso. No entanto, a empresa escreveu um texto em abril alertando sobre como se proteger desses esquemas.

🚀 Buscando a próxima moeda 100x?
Confira nossas sugestões de Pre-Sales para investir agora

Ela também afirmou que não possui quaisquer parcerias com influenciadores digitais. “Não temos uma campanha ativa de influenciadores no momento”. O Instagram não é abordado especificamente no texto.

Influenciadores são suspensos indevidamente

Nos últimos meses, as redes sociais têm realizado campanhas para impedir a disseminação de conteúdo falso. Muitas delas passaram a sinalizar ou até bloquear perfis considerados suspeitos.

No entanto, os esforços para reduzir essa tendência às vezes prejudicam influenciadores sérios. Foi o caso da influenciadora e educadora Rachel Siegel, mais conhecida como Crypto Finalmente. Ela foi temporariamente removida da plataforma do Instagram em julho.

Por vários dias, ela esteve entre pelo menos três influenciadores reais mais populares de criptomoedas. A maior parte eram jovens, que perderam temporariamente o acesso a suas contas.

“Eu acho que as políticas de proibição de falsificação de identidade devem ser examinadas, há dezenas de contas falsas que me representam que são mantidas no Instagram. Fico feliz que eles tenham conseguido restabelecer minha conta, mas acredito que novas medidas preventivas devem ser tomadas para proteger seus usuários de serem vítimas de golpes e imitações. Proibir o criador original só piora o problema”, afirmou Siegel.

“Crypto-Instagram” também é afetado no Brasil

Apesar dos problemas, o Instagram ainda é uma das principais fontes de informação. Especialmente na América Latina, alguns empresários confiam na plataforma para se comunicar com seus clientes.

O empresário brasileiro Edmilson Rodrigues, da Bonnum e Lovecryptonet, costuma atender refugiados venezuelanos que dependem de aplicativos móveis para comunicação.

Ele disse que usa o Instagram para “mostrar fotos da minha família e publicar atualizações sobre o nosso produto”. Rodrigues interage com os usuários do produto via Instagram pelo menos uma vez a cada poucas semanas, especialmente quando sua startup lança um novo recurso.

Outro exemplo é a CEO da NovaDAX, Beibei Liu. Ela disse ao Coindesk disse que milhares de brasileiros usaram a exchange para comprar Bitcoin pela primeira vez nos últimos meses.

A NovaDAX possui aproximadamente 150 mil contas de usuários. Em julho, ela foi uma das exchanges com maior volume de negociação no Brasil.

Segundo Liu, as pesquisas indicaram que 20% dos clientes adquiriram criptomoedas pela primeira vez. E a exchange utiliza bastante o Instagram para gerar conteúdo para esse público.

“Fazemos muito conteúdo educacional básico no Instagram”, disse Liu, acrescentando que eles também fazem lives para responder às perguntas dos usuários. “O Instagram é um canal muito importante no Brasil, que tem uma grande população que é bem jovem.”

Leia também: Nota falsa de R$ 200 já circula no Rio de Janeiro

Leia também: Golpes com Bitcoin são executados em canais do YouTube

Leia também: Golpes com criptomoedas no Brasil disparam durante a pandemia

Compartilhar
Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

This website uses cookies.