Foto: Pxhere
A gestora Invesco retirou sua proposta para criação de um ETF de Bitcoin (BTC), conforme noticiou a Bloomberg na segunda-feira (18). Segundo a matéria, a gestora pretende lançar um ETF de mercado à vista ao invés de um lastreado em futuros da criptomoeda.
Em contrapartida, o BITO, ETF da ProShares, teve uma forte estreia nesta terça-feira (19). Após poucas horas de negociação, o fundo atingiu a expressiva marca de US$ 500 bilhões negociados. Como resultado, o ETF já figura como a maior estreia entre todos os fundos lançados em 2021.
A retirada do ETF da ProShares surpreendeu parte do mercado, pois o ETF estava em vias de ser aprovado. Por outro lado, a gestora não deu nenhuma justificativa oficial para a retirada da aplicação.
Contudo, um porta-voz da Invesco disse que o foco agora é trabalhar num ETF que compre BTC diretamente – o chamado ETF à vista (spot).
“”Determinamos não perseguir o lançamento de um ETF de futuros de Bitcoin no curto prazo. No entanto, continuaremos a trabalhar para oferecer aos investidores prateleira completa de produtos de investimento nesta classe de ativos transformadora. Nesse sentido, vamos perseguir a criação de um ETF lastreado em Bitcoin físico”, disse o porta-voz.
Os ETFs à vista compram e armazenam BTC diretamente, ou seja, possuem exposição direta à criptomoeda. Esses fundos são mais aguardados pelos investidores que desejam se expor ao BTC em si, e não somente ao seu preço.
Ao passo que a Invesco retirou seu ETF de futuros, o fundo da ProShares finalmente estreou na bolsa de Nova York (NYSE). Como programado, o BITO entrou no pregão desta terça-feira e já quebrou diversos recordes.
De acordo com Eric Balchunas, analista de ETFs da Bloomberg, o ETF entrou na lista dos dez mais negociados do ano em apenas uma hora. O BITO quebrou essa marca quando atingiu a cifra de US$ 500 milhões em volume negociado.
Em relação ao volume apenas do primeiro dia, o BITO já é líder entre os ETFs lançados em 2021. A título de comparação, o volume do BITO corresponde a cerca de 10% do SPY, maior ETF do mercado estadunidense.
Balchunas destacou que a maior parte do volume corresponde a pequenas compras. Portanto, o ETF parece ter feito mais sucesso entre os pequenos investidores do que entre os grandes.
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