Grupo Bitcoin Banco é alvo de operação da Polícia Federal nesta segunda-feira

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta segunda-feira (5) uma operação cujo alvo é uma empresa acusada de operar uma pirâmide de criptomoedas. A suposta quadrilha, que prometia rendimentos com arbitragem com Bitcoin, teria movimentado mais de R$ 1,5 bilhão com o golpe e lesado 7 mil pessoas. O CriptoFácil apurou que a empresa alvo da operação é o Grupo Bitcoin Banco (GBB).

Agora, 90 policiais federais cumprem 27 mandados em Curitiba e Região Metropolitana no âmbito da Operação Daemon.

Entre eles, há um mandado de prisão preventiva e quatro de prisão temporária. Os outros 22 mandados são de busca e apreensão. A Justiça decretou também o sequestro de imóveis e bloqueio de valores. 

Com a operação, a PF pretende aprofundar a apuração da prática de crimes falimentares, de estelionato, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

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Além disso, o grupo é investigado por delitos contra a economia popular e o sistema financeiro nacional. Abaixo, está a foto de um veículo de luxo apreendido durante a operação:

Grupo Bitcoin Banco é alvo de operação da PF

De acordo com a PF, as investigações contra a suposta pirâmide começaram em 2019, pela Polícia Civil do Paraná.

O grupo passou a ser investigado após inúmeras denúncias de possíveis vítimas do esquema que deixaram de receber os rendimentos prometidos.

Aos clientes, a empresa prometia regularizar os pagamentos em acordos extrajudiciais. No entanto, isso não se concretizou.

Ainda naquele ano, o empresário Claudio Oliveira, conhecido como “rei do Bitcoin”, obteve uma decisão favorável a um pedido de recuperação judicial junto à 1ª Vara de Falências de Curitiba.

Contudo, constatou-se que o grupo não cumpria as obrigações determinadas pelo decreto de recuperação judicial. Ademais, o GBB seguia oferecendo contratos de investimento coletivos sem autorização da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Depois disso, as investigações foram deslocadas para a Justiça Federal e a PF deu continuidade ao caso. Mais precisamente, passou a apurar a possível prática de crime contra o sistema financeiro nacional e os demais conexos.

Suposta pirâmide bloqueou saques em 2019

A PF apurou que os valores movimentados pela empresa não correspondiam à realidade. Na prática, os recursos transferidos ao grupo pelos clientes eram desviados conforme os interesses de seu líder.

“Dessa forma, como os clientes acreditavam que estavam realizando operações nas corretoras e obtendo lucros diários e garantidos, não havia suspeitas da prática de irregularidades, o que só veio a ocorrer no início de 2019 com o bloqueio dos saques”, disse a PF.

As investigações apontam ainda que o investigado cometeu crimes da mesma natureza nos Estados Unidos e possivelmente na Europa.

Ainda segundo a PF, as ordens judiciais cumpridas nesta segunda visam a interrupção das atividades criminosas e a identificação de todos os investigados

Ao mesmo tempo, as autoridades pretendem rastrear o patrimônio da empresa para reparar os danos gerados às vítimas.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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