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Fundos entram com força no mercado e investem milhões em criptomoedas

A criação de fundos de investimento multimercado no segmento das criptomoedas tem aumentado consideravelmente. A supervalorização do Bitcoin nos últimos anos despertou o interesse das pessoas que querem investir ou gerir tais investimentos.

Ari Lewis era um universitário quando comprou seu primeiro Bitcoin em 2012. Atualmente, Lewis é co-fundador de uma pequena empresa de investimento de moedas digitais, chamada Grasshopper Capital, na qual oito pessoas investiram um total de US$2,2 milhões.

Em entrevista ao Financial Times, jornal britânico, Lewis comentou que “há seis meses quase não existia competição no segmento, e agora parece que todos querem lançar um fundo”.

Apesar das oportunidades para aqueles que querem investir terem aumentado, todo cuidado é pouco, afinal apenas alguns fundos são realmente qualificados, com infraestrutura ou nível de experiência necessários.

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A empresa de pesquisa britânica Autonomous Next identificou a existência de 68 fundos de investimento multimercado de criptomoedas. A estratégia dos fundos concentra-se em investimentos em ofertas iniciais de criptomoedas (ICOs, na sigla em inglês), vendendo tokens em troca de moedas digitais, para manter seus fundos de Bitcoin e outras criptomoedas, como Ethereum e Litecoin.

Alguns fundos informam retornos muito atrativos. É o caso do Altana Capital’s Digital Currency Fund, que cresceu cerca de 413% até o final de agosto deste ano. Em comparação, o fundos de investimento multimercado de outros segmentos cresceram cerca de 5,5% até a mesma data, de acordo com informação disponibilizada pela provedora de dados eVestment.

Os altos valores praticados pelo mercado cripto fazem com que o tema entre no radar dos reguladores. Há questionamentos se as criptomoedas são uma bolha de mercado, o que deixaria os fundos descobertos frente ao risco. Por motivos como esse, a China proibiu há algumas semanas as ICOs dentro do país e as maiores corretoras chinesas de criptomoedas estão fechando. Reguladores britânicos também levantaram a bandeira de alerta.

Alguns fundos de criptomoedas são promovidos por investidores institucionais, aumentando a credibilidade do setor. A Polychain Capital, que investe em criptomoedas e ICOs, possui um fundo de investimento multimercado de US$250 milhões, de acordo com o fundador Olaf Carlson-Wee. Algumas das figuras mais conhecidas do Vale do Silício estão no rol de investidores, entre eles Andreessen Horowitz e Sequoia.

Entre outros nomes do Vale do Silício está o Meta Stable, um fundo de investimento multimercado aberto em 2014 e com valor de US$60 milhões em ativos, de acordo com registros regulatórios. O fundo foi co-fundado por Naval Ravikant, diretor do site de empregos em startups AngelList.

O Pantera Capital, investidor institucional de Bitcoin, planejou arrecadar US$100 milhões para um fundo de investimento multimercado para uma ICO, no início desse ano.

Os fundadores do BitSpread, um fundo com sede em Londres e escritórios em Cingapura e São Francisco, que administra estratégias de arbitragem de Bitcoin, começaram a negociar seu próprio dinheiro em 2014. O fundo rentabilizou cerca de 200% ao longo de três anos, de acordo com o diretor Cedric Jeanson. Desde a abertura do fundo para o capital externo, em maio deste ano, a BitSpread cresceu 27% até agosto e gerencia cerca de US$20 milhões.

Apesar disso, alguns dos maiores nomes de fundo de investimento multimercado ainda não estão convencidos. São os casos de Ray Dalio, fundador do maior fundo multimercado do mundo, e Julian Robertson, lendário gerente de fundos de multimercado. Com relação ao Bitcoin, “nunca entendi e não acho que irei investir”, disse Robertson.

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Amanda Bastiani

Amanda destacou-se como uma editora e produtora de conteúdo influente na CriptoFácil.com, onde liderou uma equipe de seis escritores e impulsionou o crescimento da audiência do site para picos de 1 milhão de visualizações mensais. Sua gestão eficaz incluiu a produção, tradução, e revisão de conteúdo especializado em blockchain e criptoativos, além do uso estratégico do Google Analytics e pesquisas com leitores para aprimorar a qualidade e relevância do conteúdo. Sua educação complementa sua expertise, com um MBA focado em Transformação Digital pela FIA Business School, um curso de Gestão de Projetos pela UC San Diego, e graduação em Comunicação Social pela Faculdade Cásper Líbero, preparando-a com conhecimento avançado e uma abordagem ágil necessária para liderar no setor de criptomoedas. Amanda é uma profissional versátil, cujas realizações refletem uma combinação única de habilidade técnica, visão estratégica, e impacto significativo no engajamento e educação da comunidade cripto.

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