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Fundos brasileiros de criptomoedas já acumulam alta de 7% em 2020

Mesmo com o derretimento de preços em março causado pela pandemia do novo coronavírus, o cenário é positivo para os fundos de criptomoedas brasileiros, que já registram uma alta de 7% até este momento.

Uma matéria do Valor Investe, publicada nesta quarta-feira, dia 29 de abril, analisou cinco fundos de criptomoedas que são registrados pela Comissão de Valores Mobiliárias (CVM):

BLP Criptoativos FIM, BLP Crypto Assets FIM, Hashdex Criptoativos Discovery, Hashdex Criptoativos Explorer e Hashdex Criptoativos Voyager. Além disso, três fundos da gestora Transfero Swiss, sediados no exterior, mas acessíveis para brasileiros, também tiveram seus resultados estudados.

Queda esperada em março

Como esperado, no mês de março, quando o Ibovespa caiu 28%, todos os fundos registraram queda.

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No que diz respeito aos valores das cotas, todos registraram reduções. Alguns deles caíram pouco, com o BLP Criptoativos (-3,95%) e o Hashdex Discovery (-2,55%) e outros tiveram uma queda bem mais acentuada. Foi o caso do BLP Crypto Assets (-20,45%) e o Hashdex Voyager (-18,27%). Vale ressaltar que esses fundos são direcionados para investidores qualificados.

A fuga de capital também foi registrada pelos fundos brasileiros em março. O BLP Crypto Assets FIM foi o fundo que registrou maior perda de patrimônio em março, -20,45% e o Hashdex Criptoativos Explorer registrou a menor: -3,50%.

Panorama do trimestre é positivo

Esse cenário muda quando o trimestre é analisado. Isso porque todos os fundos tiveram variação positiva nas cotas nesse período. As valorizações vão de 5,36% e 5,68%, no caso dos produtos de varejo, a 18,34%. As altas ficam ainda maiores quando se analisa os quatro primeiros meses do ano (até o dia 22/4).

Além disso, mesmo com a pandemia, quase todos os fundos tiveram aumentos de patrimônio líquido e de total de cotistas no acumulado de 2020.

Para Glauco Cavalcanti, sócio-fundador da asset paulistana BLP, mesmo no contexto de troca de ativos por cash as criptomoedas se comportaram bem. “A volatilidade aumentou, mas, em comparação, a da bolsa foi maior”, observou.

Já Marcelo Sampaio, CEO da Hashdex, cujos fundos são baseados em um índice que reflete uma cesta de criptoativos, destacou que no primeiro momento da crise, o Bitcoin acompanhou o movimento dos outros ativos de risco. No entanto, “ainda em meados de março, as criptos começaram uma recuperação, uma semana antes das classes tradicionais, o que no Brasil foi acentuado pela depreciação do câmbio. Com isso, nossos fundos vêm tendo apreciação”.

Esse desempenho dos fundos brasileiros é similar ao que está acontecendo no exterior. Embora as criptomoedas tenham sofrido em março, elas se recuperaram parcial ou totalmente nas semanas seguintes.

Diversificação de investimentos e ações monetárias explicam

Esse movimento é impulsionado pelo crescente incentivo à diversificação de investimentos para reduzir os riscos das carteiras. Além disso, as ações das autoridades monetárias para tentar evitar o colapso econômico causado pelo coronavírus – como a impressão de dinheiro pelo Federal Reserve dos Estados Unidos – também impulsionaram esse movimento.

Essa leitura foi reforçada pelo CEO da Transfero Swiss, Thiago César. Segundo ele, os fundos de criptomoedas da gestora tiveram saldo líquido de R$ 1,7 milhão em março. “Nossos clientes acreditaram que as características anticíclicas dos ativos digitais iam prevalecer. Não tivemos muitos saques, e, no fim de março, vimos aplicações novas”, disse.

Sampaio, da Hashdex, comentou que possui uma visão otimista sobre o futuro do Bitcoin. Para ele, os fundamentos de longo prazo das criptomoedas “permanecem inalterados”.

Cavalcanti, da BLP ressaltou que as criptomoedas foram criadas para momentos como esse e comentou que ainda é a hora de começar a investir em Bitcoin.

“Em 2017, houve a chance de comprar a US$ 1 mil (…) Agora, a janela é para entrar a US$ 7 mil. Para quem espera que chegue a US$ 70 mil, é ainda mais coerente investir em Bitcoin em 2020, com o ecossistema mais desenvolvido e às vésperas do ‘halving‘”, ele diz.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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