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Fundo de Mike Novogratz reporta prejuízo milionário em 2018

O Galaxy Digital Holdings, banco com foco em criptoativos fundado pelo ex-gestor de fundos Mike Novogratz, perdeu US$97 milhões no quarto trimestre de 2018, segundo informações divulgadas pela Coindesk nesta segunda-feira, 29 de abril.

O prejuízo líquido aumentou para US$76,7 milhões no terceiro trimestre (em 2017 foi de apenas US$100 mil), de acordo com documentos arquivados pelo Galaxy com os reguladores canadenses de valores mobiliários.

Para todo o ano de 2018, seu primeiro ano completo de operação, a empresa perdeu US$272,7 milhões. A maior parte desse prejuízo (US$101,4 milhões) veio da venda de ativos com prejuízo.

A Galaxy também registrou US$75,5 milhões em perdas de papel com criptoativos que declinaram de preço, US$8,5 milhões em perdas não realizadas em investimentos em empresas e US$88,4 milhões em despesas operacionais.

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Perdas detalhadas

No final de 2018, o Galaxy detinha 9.724 Bitcoins (US$36,4 milhões), 92.545 Ethers (US$12,3 milhões), 2,4 milhões de EOS (US$6 milhões) e 60.227 de Monero (US$2,8 milhões). A empresa teve um aumento de seu investimento em Bitcoin e Ether desde o início do ano, quando detinha 5.902 BTC e 57.000 ETH.

A Galaxy também costumava deter grandes quantidades de Wax (US$50,2 milhões) e tokens BlockV (US$17,4 milhões), que desapareceram do portfólio de investimentos da empresa no final do ano.

De acordo com o relatório, o Galaxy perdeu dinheiro vendendo Bitcoin (US$70,3 milhões) e Ether (US$64,4 milhões), parcialmente compensado por US$54,3 milhões ganhos vendendo alguns criptoativos a descoberto (o fundo não especificou quais foram).

O Bitcoin foi a maior fonte de perdas do Galaxy no início de 2018, enquanto o Ether teve as maiores perdas durante o resto do ano.

Curiosamente, o Galaxy perdeu até US$47 milhões com a depreciação do token Wax, um criptoativo criado para impulsionar uma plataforma de negociação de bens virtuais, como itens em videogames.

Várias outras altcoins também perderam valor antes que o Galaxy pudesse vendê-las lucrativamente em 2018: Kin (US$10,9 milhões em perdas), BlockV (US$17,2 milhões) e Aion (US$8,6 milhões). Cerca de US$5 milhões também foram perdidos nas vendas de EOS.

Protocolos, mineração e ICOs

O prejuízo do Galaxy, no entanto, não foi motivado apenas pelas operações com criptoativos. Outros investimentos da empresa também registraram prejuízo, segundo os relatórios.

A depreciação das ações do Pantera ICO Fund causou a perda de US$14,1 milhões (o Galaxy atualmente tem US$17,4 milhões investidos no fundo). A empresa também cortou US$11,3 milhões em ações da Hut 8 Mining, empresa de mineração com sede no Canadá, e US$11,1 milhões na empresa de carteiras Xapo.

No final de 2018, a Galaxy detinha US$41,9 milhões em ações da Block.One, criadora da EOS, mais cerca de US$5 milhões adicionais no Galaxy EOS VC Fund, fundo que tem seu foco no desenvolvimento do ecossistema EOS.

A startup de pagamentos Ripple Labs também faz parte dos investimentos do Galaxy (US$23,8 milhões), incluindo “um investimento indireto através de um veículo para fins específicos”, diz o relatório.

O Galaxy também investiu US$26 milhões em negócios de mineração, incluindo Hut 8 Mining e Bitfury; US$7,5 milhões na BitGo e US$5 milhões na Bakkt, a bolsa de futuros de Bitcoin que foi criada pela Intercontinental Exchange (ICE), controladora da Bolsa de Nova York.

Outros investimentos incluem a Silvergate Capital Corporation, controladora do banco Silvergate; as startups AlphaPoint e Templum; os fundos Cryptology Asset e Pantera Venture Fund; e a Mercantile Global Holdings, uma entidade com sede em Porto Rico, que opera a recentemente fundada San Juan Mercantile Exchange. A empresa também forneceu US$3,8 milhões em empréstimos para a plataforma de empréstimo BlockFi.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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