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Fundador do 3AC acusa Digital Currency Group de ter conspirado com FTX para derrubar LUNA

A polêmica em torno do gigante das criptomoedas Digital Currency Group (DCG) ganhou novos desdobramentos. Após Barry Silbert, fundador e CEO do DGC, ter sido acusado de “usar táticas de má-fé” por Cameron Winklevoss, da Gemini, a companhia controladora da Grayscale Investments e da Genesis Trading está sofrendo novas acusações. Dessa vez, elas partem de Zhu Su, fundador do fundo de hedge Three Arrows Capital (3AC), que faliu no ano passado.

Em uma série de tuítes, Su afirmou que o DCG conspirou com a exchange FTX para derrubar o preço dos tokens LUNA e stETH. Isso foi possível porque, segundo Su, o fundador da FTX, Sam Bankman-Fried, estava no conselho da subsidiária da DCG, a Genesis, que mais tarde concedeu o primeiro empréstimo garantido pelos tokens FTT.

“Aqui está um resumo aproximado da situação do DCG. 1) Eles conspiraram com a FTX para atacar Luna e stETH e ganharam bastante fazendo isso. 2) Eles sofreram perdas substanciais no verão com a nossa falência, bem como a da Babel e de outras empresas envolvidas no GBTC [Bitcoin Trust da Grayscale]. 3) Eles poderiam ter se reestruturado com calma”.

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‘Valor DCG é zero’, diz Fundador do 3AC

Conforme ressaltou Su, tanto o DCG quanto a FTX sofreram duras perdas quando a 3AC faliu após o colapso de Terra (LUNA). O “contágio” gerou problemas em outras empresas envolvidas no GBTC, incluindo a Babel Finance.

Na sequência, Su afirmou que em vez de se reestruturar com calma, o DCG “fabricou uma nota promissória exigível que magicamente preencheu o buraco”.

“Isso é como uma criança perdendo no pôquer e dizendo ‘Estou bem, meu pai vai te pagar, deixe-me continuar jogando’, mas se seu pai for você mesmo”, escreveu.

Su também acusou o DCG e a FTX de usar diferentes técnicas para atacar o fundo de hedge 3AC. Além disso, alegou ainda que o DCG passou seis meses recebendo mais depósitos enquanto estava insolvente, na expectativa de que o mercado subisse.

“O valor DCG é 0, fraude criminal, os credores da FTX também têm um caso de transferência fraudulenta de retornos de capital da Alameda para a Genesis”, disse. “Os credores do Genesis irão levá-lo à falência e levar os ativos restantes nos próximos dias de qualquer maneira. Eles provavelmente estão exigindo que Barry devolva seus saques da maneira mais fácil, em vez de esperar por um processo criminal do DoJ com punições de restituição.”

Briga entre Winklevoss e Silbert

As acusações contra O DCG estão vindo de toda a parte. Conforme noticiou o CriptoFácil, o cofundador da Gemini, Cameron Winklevoss, acusou Silbert, de “táticas de má-fé” ao resolver uma disputa entre as duas empresas desencadeada pelo colapso da FTX.

Em novembro de 2022, a Gemini precisou interromper os resgates de seu produto de empréstimo Earn porque a Genesis Global Capital, parceira do negócio, teve que interromper as retiradas e novas originações de empréstimos devido aos impactos da falência da FTX.

Em uma carta a Silbert em 2 de janeiro, Winklevoss disse que a Gemini tentou chegar a uma resolução com o executivo e a empresa em várias ocasiões, mas não conseguiu. De acordo com Winklevoss, a Genesis deve US$ 900 milhões aos clientes da Gemini. Winklevoss deu um prazo de 8 de janeiro para a empresa resolver os problemas com os seus clientes.

Investidores acusam DCG de ocultar insolvência

Como se não bastasse, o DCG está sendo acusado por três clientes da Gemini de ter usado operações fraudulentas para ocultar do público que a Genesis ficou insolvente em meados de 2022.

Na ação, os autores alegam que a Genesis não devolveu os ativos dos usuários do Earn. Além disso, afirmaram que a Genesis se envolveu em uma ação fraudulenta com a DCG para ocultar sua insolvência. Nesse processo, a empresa teria obtido uma nota promissória de US$ 1,1 bilhão com vencimento em 2033. Em troca, ficou com uma dívida de US$ 2,3 bilhões que teria sido contraída pela Genesis junto ao 3AC.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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