Há exatamente 14 anos, em 03 de janeiro de 2009, o primeiro bloco do Bitcoin (BTC), o “Genesis Block”, foi “minerado” por Satoshi Nakamoto, pessoa (ou grupo) que desenvolveu a maior criptomoeda do mercado. Naquele bloco, o primeiro lote de 50 BTC foi minerado. No entanto, essas criptomoedas não puderam ser utilizadas ou nunca foram gastas.
O endereço 1A1zP1eP5QGefi2DMPTfTL5SLmv7DivfNa recebeu as recompensas pela mineração do bloco. Hoje, esse endereço tem hoje mais de 66 BTC, mas os 50 BTC permanecem sem movimentação.
Genesis Block
O “hash” do Genesis Block contém o título do artigo “Chancellor on brink of second bailout for banks” (Chanceler à beira de segundo resgate para bancos, em português) da edição britânica do The Times.
Nakamoto minerou Bitcoins por vários anos após a criação do Genesis Block. Mas ele desapareceu de forma definitiva em 2011, sem deixar mais detalhes sobre a sua identidade que permanece um mistério até hoje.
No dia 31 de outubro de 2008, pouco antes do lançamento da rede BTC, o white paper da criptomoeda veio à público. Mas só um bom tempo depois, em 12 de janeiro de 2009, ocorreu a primeira transação com Bitcoins. Nela, Satoshi Nakamoto enviou 10 BTC para Hal Finney.
Confira nossas sugestões de Pre-Sales para investir agora
Como o Bitcoin foi criado?
Uma das prováveis razões para a criação do Bitcoin foi a crise financeira global que eclodiu em 2007-2008, levando todo o mundo uma profunda turbulência econômica. A crise envolveu o colapso de grandes bancos de investimento. O tradicional banco de investimento norte-americano, o Lehman Brothers, por exemplo, foi um dos que veio à falência.
Além disso, a crise resultou em um declínio generalizado da produção, queda da demanda e dos preços das matérias-primas, aumento do desemprego e forte intervenção do Estado na economia.
Diante disso, Satoshi deve ter se convencido de que os intermediários – no caso, os bancos – eram o cerne do problema. Por isso, precisavam ser eliminados de alguma forma. Então, ele desenvolveu a tecnologia de contabilidade descentralizada, que permite a verificação de transações por nós distribuídos. Ou seja, não há nesse processo uma autoridade centralizada.
A rede do Bitcoin, primeira e maior criptomoeda, usa um mecanismo de consenso chamado “Proof of Work – Pow” (ou Prova de Trabalho, em português) para proteger a rede. Além disso, o BTC precisa ser “extraído” para ser posto em circulação. Isso ocorre por meio da mineração.
Preço do Bitcoin oscila desde a criação
Desde a sua criação, o Bitcoin está em uma montanha-russa. A principal criptomoeda, que já foi trocada por pizzas, atingiu um recorde histórico de quase US$ 70.000 em 2021. Aliás, aquele ano foi especialmente marcante para o Bitcoin. Afinal, além do recorde histórico, em 2021, El Salvador passou a aceitar a criptomoeda como uma moeda de curso legal no país.
Além disso, foi também em 2021 que o Bitcoin testemunhou um influxo de investidores institucionais e de alto perfil. Entre os exemplos de mais destaque, está a grande montadora de carros elétricos Tesla, que comprou US$ 1,5 bilhão em Bitcoin.
O Bitcoin segue sendo a maior criptomoeda do mundo, com um valor de mercado de mais de US$ 322 bilhões. O BTC, sozinho, responde por mais de 38% de todo o valor do mercado de criptomoedas. No momento da escrita desta matéria, o Bitcoin custa US$ 16.745, ou R$ 89.910 na cotação em reais.
Gráfico de preço do Bitcoin nas últimas 24 horas. Fonte: CoinGecko
Leia também: Conselho Federal de Corretores de Imóveis autoriza o registro de documentos na blockchain
Leia também: FMI alerta que economia mundial estará ainda mais difícil em 2023
Leia também: Fórum Econômico Mundial descreve o futuro das criptomoedas em 2023