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Fundador de exchange fechada pelos EUA é preso em Miami

Anatoly Legkodymov, um cidadão russo que fundou a exchange de criptomoedas Bitzlato – recém-encerrada pelas autoridades dos Estados Unidos – foi preso em Miami nesta semana. Agora, ele deve ser levado ao tribunal sob acusação de conduzir um negócio não licenciado que teria sido usado para lavagem de dinheiro e outros crimes.

De acordo com os promotores, a Bitzlato Ltd. pode estar envolvida com o financiamento ilícito de atividades na Rússia. Além disso, alegam que a empresa com registro de Hong Kong não adotou as medidas necessárias contra a lavagem de dinheiro. Em vez disso, exigia apenas uma identificação mínima de seus usuários e até permitia que eles enviassem dados de registro falsos para evitar a detecção.

Os investigadores disseram que isso atraiu traficantes e cibercriminosos que procuram trocar seu dinheiro ilícito por meio da empresa.

“O resultado foi que Bitzlato se tornou um porto seguro para os criminosos, como traficantes de drogas e grupos de ransomware, por exemplo”, disse Breon Peace, procurador dos EUA no Brooklyn, onde o caso foi aberto. “Eles sabiam que quando a polícia rastreou seus fundos para a Bitzlato, a Bitzlato não seria capaz de entregar as identidades reais de seus usuários.”

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Segundo o departamento de justiça dos EUA, a Bitzlato intermediou a movimentação de mais de US$ 700 milhões (R$ 3,67 bilhões) em criptomoedas entre 2018 e 2022 com os usuários do Hydra Market. Trata-se de um mercado da darknet para drogas, identidades falsas e outros produtos ilegais. As autoridades alemãs fecharam o mercado em abril de 2022. Na ocasião, eles apreenderam 543,3 BTC, ou mais de R$ 116 milhões na época.

Exchange de criptomoedas Bitzlato fecha

Conforme noticiou o CriptoFácil, a Rede de Repressão a Crimes Financeiros do Tesouro dos EUA (FinCEN) ordenou o fechamento da Bitzlato na quarta-feira (18). Com a ordem, a exchange não poderá mais intermediar transferência de fundos em cripto. Além disso, perderá o suporte de bancos. Ou seja, os clientes da exchange não poderão sacar e nem depositar dinheiro em suas contas. A medida começa a valer a partir do dia 1º de fevereiro.

No anúncio sobre o fim da exchange, a vice-procuradora-geral Lisa Monaco disse que “operar no exterior ou mover seus servidores para fora dos EUA continentais não o protegerá”.

“E se você violar as nossas leis na China ou na Europa, ou abusar de nosso sistema financeiro em uma ilha tropical, você pode esperar responder por seus crimes dentro de um tribunal dos EUA”, disse ela.

O tesouro dos EUA trabalhou com a França para identificar as supostas atividades criminosas da Bitzlato. Sobre isso, as autoridades dos EUA disseram ser um sinal da cooperação global para expurgar os maus atores dos mercados cripto.

Legkodymov pode pegar no máximo cinco anos de prisão se for condenado. Mas as autoridades federais disseram que a investigação ainda está em curso. Ou seja, novas acusações ainda podem ocorrer.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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