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Fundação Solana perde quase R$ 1 bilhão com colapso da FTX

A Fundação Solana divulgou um informativo detalhando a exposição que mantém a ativos ligados à FTX. E conforme esperado pelo mercado, a exchange registrou fortes perdas

De acordo com o comunicado, a Fundação Solana detinha mais de US$ 180 milhões em exposição a criptoativos da FTX. Os dados são de 6 de novembro, pouco antes da exchange parar de processar retiradas.

Na cotação atual, o valor corresponde a cerca de R$ 1 bilhão e estava alocado nos tokens FTT e SRM, ambos emitidos pela FTX. Com o colapso dos tokens, estima-se que o prejuízo da Solana fique em torno de 90% do valor total.

Participações em FTT e SRM

De acordo com o relatório da Fundação, Solana detinha cerca de US$ 1 milhão em dinheiro na FTX em 6 de novembro. A Fundação disse que esses fundos eram “insignificantes” para suas operações, representando menos de 1% de suas reservas de caixa.

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A organização perdeu muito mais em criptoativos, no entanto. Embora nenhum Solana (SOL) tenha sido mantido na FTX, cerca de 3,43 milhões de FTT e 134,54 milhões de SRM pertencentes à Fundação ainda estão presos na exchange.

Para completar, a Fundação detalhou que o grupo por trás da Solana detinha 3,24 milhões de ações ordinárias da FTX. Com a exchange em recuperação judicial, isso significa uma perda extra na ordem de milhões de dólares.

De acordo com o CoinGecko, o FTT estava sendo negociado por mais de US$ 22 nas datas registradas pelo relatório, enquanto o SRM valia cerca de US$ 0,80. Seguindo os números da fundação, são US$ 75,46 milhões e US$ 107,6 milhões de exposição a FTT e SRM, respectivamente.

Hoje, no entanto, o FTT vale US$ 1,44, ao passo que o SRM vale US$ 0,28. Ou seja, as participações da Solana em ambos os tokens valem apenas US$ 4,93 e US$ 37,6 milhões. No total, o valor corresponde a cerca de R$ 225 milhões, ou menos de 25% do total declarado pela Fundação.

Até a SOL sofreu grandes perdas, caindo abaixo de US$ 15 este mês e deixando o Top 10 das maiores criptomedas do mercado. Em novembro passado, a SOL atingiu seu recorde histórico de US$ 259 cada, ou seja, a criptomoeda caiu mais de 90% desde seu topo histórico.

Apesar dessas perdas, Solana afirmou que sua rede não “teve nenhum desempenho notável ou problemas de tempo de atividade” após as consequências. Sabe-se que o blockchain sofreu várias interrupções no passado.

Tokens embrulhados em Solana

Os tokens embrulhados são versões de outras criptomoedas que rodam em uma blockchain. O Wrapped Bitcoin (WBTC), por exemplo, é uma versão do Bitcoin (BTC) que roda no Ethereum. E a Solana também seus tokens embrulhados, como o Sollet Bitcoin – uma versão tokenizada do BTC.

Com o colapso da FTX e a desvalorização da SOL, o token perdeu sua paridade com o BTC depois que a FTX faliu. Isso aconteceu porque a FTX era responsável por manter o Bitcoin que dava lastro ao token, mas o balanço patrimonial de 10 de novembro indica que a exchange não tinha esses BTC.

A Fundação Solana afirma ter mantido outros US$ 40 milhões em exposição a ativos baseados em Sollet, como o soBTC, a partir dessa data. “O status dos ativos subjacentes é desconhecido neste momento”, acrescentou.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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