Foto: FTX - Freepik - Montagem: CriptoFacil
Ao que parece, a nova gestão da FTX está avançando em seu plano de retomar as atividades. Novos documentos revelam que o atual CEO, John Ray III, que está administrando o processo de falência da exchange de criptomoedas, desenvolveu diversas atividades nos últimos meses que parecem estar relacionadas com o plano de reinicialização da FTX.
Em abril, conforme noticiou o CriptoFácil, Ray já tinha dado a entender que a exchange poderia retomar as suas atividades no segundo trimestre de 2024. Ele teria dito ao Wall Street Journal que a ideia de retomar as atividades visa recuperar o valor para credores e clientes.
A FTX entrou com pedido de proteção contra falência no fim do ano passado após uma corrida por saques revelar os sérios problemas de liquidez, gestão e falta de transparência da empresa.
O colapso da exchange deixou prejuízos de mais de US$ 11,6 bilhões, ou seja, cerca de R$ 57,2 bilhões. Além disso, desestabilizou todo o mercado de ativos digitais e colocou em dúvida a atuação das exchanges centralizadas.
Seu ex-CEO e fundador Sam Bankman-Fried está em prisão domiciliar aguardando julgamento em outubro. Ele se declarou inocente de várias acusações, incluindo, por exemplo, fraude e de financiamento de campanha.
Novos itens do último relatório de cobrança da empresa indicam que há um trabalho em andamento para fazer a FTX “voltar à vida”. De acordo com os registros, Ray gastou quase 7 horas de trabalho em ações relacionadas a “2.0”, que se acredita significar FTX 2.0, uma reinicialização da exchange. Contudo, não há evidências concretas de que a FTX voltará a operar.
Sendo um plano real ou não, uma reportagem da Bloomberg de abril revelou que a empresa de capital de risco Tribe Capital, que investiu na FTX antes, estaria considerando realizar uma nova injeção de capital para impulsionar o esforço de retomada das atividades.
Fontes próximas ao assunto disseram à reportagem que o cofundador da empresa, Arjun Sethi, teria se reunido com o comitê de credores da FTX em janeiro para discutir a proposta informal. Ainda segundo a reportagem, a Tribe estaria considerando liderar uma campanha de arrecadação de US$ 250 milhões (R$ 1,24 bilhão) para sua iniciativa. Deste valor, US$ 100 milhões (cerca de R$ 500 milhões) seriam dela mesma e de seus sócios limitados.
Vale destacar que qualquer esforço para reiniciar a plataforma enfrentaria grandes desafios regulatórios e de conformidade.
Diante das novas especulações, o token FTT, nativo da FTX, subiu cerca de 13% nas últimas 24 horas, de acordo com dados da CoinGecko. No momento da redação desta matéria, o criptoativo está custando US$ 1,13, ou seja, R$ 5,62 na cotação atual em reais.
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