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Fórum Econômico Mundial em São Paulo diz que blockchain pode ajudar no combate à corrupção

 

O Fórum Econômico Mundial da América Latina, cujo a principal versão do evento foi realizada em Davos, aconteceu nesta semana em São Paulo. Um dos temas destaques do evento foi a blockchain e o seu potencial para revolucionar a governabilidade do setor público em diversas áreas, como gerenciamento de identidade, registro de propriedade, combate ao tráfico de diamantes, combate à corrupção, entre outros.

Em uma postagem no blog oficial do evento, o Fórum, destacou que:

“A blockchain torna a corrupção mais difícil porque é uma tecnologia de razão distribuída, que pode certificar registros e transações – ou ‘blocos’ – sem o uso de um banco de dados central e de forma que não possa ser apagada, alterada ou adulterada. Ela fornece um nível sem precedentes de integridade, segurança e confiabilidade para as informações que administra, reduzindo os riscos associados a um único ponto. Elimina a necessidade de intermediários, reduz a burocracia e reduz o risco de discrição arbitrária. Também possibilita acompanhar e rastrear transações. O trato imutável das transações pode ser usado por auditores governamentais e de aplicação da lei.”

Segundo informações da OCDE, estima-se que a corrupção representa até 10% do custo total dos negócios a nível mundial e até 25% dos custos dos contratos nos países em desenvolvimento e o Fórum, assim como outros órgãos (como o FMI) estão extremamente interessados em como a blockchain pode ajudar a mudar este sistema e destacam iniciativas em desenvolvimento em países como Suécia, Geórgia e Ucrânia, que vêm testando a tecnologia para o registro de propriedade. Recentemente, o México começou a testar um aplicativo baseado em blockchain para contratação pública. Serra Leoa também anunciou que integrou a blockchain em um processo de auditoria internacional em suas eleições presidenciais.

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No entanto, o Fórum destacou que o grande desafio para que a blockchain seja efetiva em seu objetivo não são as questões de escalabilidade mas sim a confiabilidade dos registros, especialmente os primeiros registros. Citando Pusa e Juden, o Fórum destacou:

“Como qualquer outro banco de dados, digamos, um bloco é um sistema de ‘lixo em cima de lixo’, isso significa que a confiabilidade dos registros armazenados nele depende inteiramente de como eles são originados. Por esse motivo, um gatekeeper terá que garantir a veracidade da informação inserida em uma blockchain” assim, a blockchain pode funcionar melhor no combate à corrupção, se os governos procederem com a digitalização dos serviços. “A tecnologia blockchain, por si só , não irá substituir o governo nem resolver todos os seus problemas. Isso funcionará melhor quando os sistemas existentes atingirem um grau de maturidade suficiente e tenham sido digitalizados.”

“O potencial da tecnologia blockchain é enorme e a promessa que detém para erradicar a corrupção é simplesmente ótimo demais para ignorar, em um mundo marcado por escândalos de corrupção recorrentes” finalizou o documento, destacando também que o sistema funcionará melhor com o fortalecimento das instituições multilaterais, “…a tecnologia blockchain não é uma ‘varinha mágica’, ela não irá substituir a necessidade de instituições mais fortes.”

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Cassio Gusson

Cássio Gusson é jornalista há mais de 20 anos com mais de 10 anos de experiência no mercado de criptomoedas. É formado em jornalismo pela FACCAMP e com pós-graduação em Globalização e Cultura. Ao longo de sua carreira entrevistou grandes personalidades como Adam Back, Bill Clinton, Henrique Meirelles, entre outros. Além de participar de importantes fóruns multilaterais como G20 e FMI. Cássio migrou do poder público para o setor de blockchain e criptomoedas por acreditar no potencial transformador desta tecnologia para moldar o novo futuro da economia digital.

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