Não é surpresa para ninguém que 2020 foi o ano institucional para o Bitcoin e algumas criptomoedas. Em questão de meses, grandes empresas passaram a adquirir quantidades cada vez maiores da criptomoeda.
Esse cenário nem sempre foi tão positivo. Até 2019, o mercado tradicional enxergava valor nas criptomoedas, mas se recusava a investir diretamente. O risco e a volatilidade costumavam espantar os investidores.
Quem buscava exposição ao setor fazia isso através do investimento em empresas. Por isso, o venture capital no mercado de criptomoedas cresceu bem antes do Bitcoin.
Nesta quinta-feira (8), a Forbes fez uma lista das dez maiores rodadas de investimento feitas em empresas de criptomoedas e blockchain. V
Antes dos atuais processos dos quais é alvo, a Ripple era talvez uma das empresas mais promissoras do mercado. Sua proposta de fornecer transações internacionais a baixo custo atraiu diversos investidores.
Contudo, o atual imbróglio jurídico da empresa espantou os investidores. Recentemente, a Tetragon entrou com um processo para tentar reaver o valor investido. A empresa, no entanto, perdeu a causa.
A exchange sul-coreana Bithumb captou uma vultosa soma em 2019, mesmo com um momento de baixa no mercado. Essa rodada elevou o valor de mercado da empresa para mais de US$ 868 bilhões na época.
Na cotação atual, isso corresponde a R$ 4,8 bilhões.
A Qulian Technology fornece produtos blockchain para as principais organizações e instituições estatais da China. Por conta disso, é natural que os maiores investidores da rodada tenham sido companhias chinesas.
Após a captação, a empresa atingiu US$ 470 milhões em valor de mercado, cerca de R$ 2,6 bilhões na cotação atual.
A Bitmain realizou uma captação 15 dias após a Quilian – e superou o valor. Como maior fabricante de equipamentos de mineração de Bitcoin, a empresa também é dona da Antpool.
Nesta primeira captação, ela atingiu US$ 12 bilhões em valor de mercado (cerca de R$ 60 bilhões na cotação atual).
Antes de protocolar seu pedido de abertura de capital na bolsa, a Coinbase fez uma série de rodadas de investimento. Em cada uma delas, o valor da maior exchange dos Estados Unidos aumentava. Em 2018, a Coinbase já era avaliada em US$ 8 bilhões.
No auge do início da pandemia, a Bakkt realizou uma captação de recursos para seu futuro lançamento. O principal investidor foi a ICE, empresa que também controla a bolsa de valores de Nova Iorque (NYSE).
Em janeiro de 2021, a empresa anunciou que listará suas ações na NYSE ainda este ano.
A Blockchain.com é empresa que provê serviço de carteira e análise de dados da blockchain. Segundo a companhia, 28% das transações de Bitcoin foram processadas em suas carteiras desde 2012. Com a rodada, seu valor atingiu US$ 5,3 bilhões, cerca de R$ 29,6 bilhões na cotação atual.
O Dapper Labs aproveitou a onda dos tokens não-fungíveis (NFT, na sigla em inglês) e conseguiu importantes investidores. Entre eles estão os astros do basquete Michael Jordan e Kevin Durant, cujos investimentos transformaram a Dapper em uma companhia avaliada em US$ 2,6 bilhões (R$ 14,5 bilhões.
A famosa plataforma de empréstimo permite que holders possam ganhar juros sobre suas criptomeodas. Atualmente ela vale US$ 3 bilhões (R$ 16 bilhões na cotação atual) e, segundo rumores, poderá lançar um IPO em breve.
Mais uma vez a Bitmain marca presença na lista. Porém, esta captação é particularmente importante. Afinal, foi após ela que a companhia iniciou seu plano de abrir capital em bolsa.
Inicialmente a Bitmain negociaria suas ações na bolsa de Hong Kong. No entanto, a queda no preço do Bitcoin naquele ano levou ao cancelamento dos planos. Hoje eles estão suspensos.
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