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FMI está preocupado com a adoção do Bitcoin pela República Centro-Africana

A adoção do Bitcoin como moeda de curso legal pela República Centro-Africana (CAR) no final do mês de abril está sendo alvo de críticas por parte do Fundo Monetário Internacional (FMI), que tem repreende amplamente o uso do Bitcoin por nações.

De acordo com o fundo, a adoção da criptomoeda pelo país localizado no centro da África está repleta de problemas tanto para o país quanto para a região de maneira geral.

Conforme noticiou a Bloomberg, para o FMI, a iniciativa adiciona problemas “no campo do direito, política econômica e transparência”.

FMI contra adoção do Bitcoin em El Salvador

A República Centro-Africana é a segunda nação do mundo a considerar o Bitcoin uma moeda de curso legal. Em setembro de 2021, El Salvador criou a Lei Bitcoin e se tornou a primeira nação a fazê-lo.

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Pouco tempo depois de o país aprovar a lei que estabelecia o BTC como moeda legal, o FMI teceu inúmeras críticas. O fundo disse, por exemplo, que a adoção da criptomoeda poderia envolver “riscos significativos”. Por isso, pediu às autoridades “uma análise muito cuidadosa”.

O alerta em questão foi feito pelo porta-voz do FMI, Gerry Rice. Ele destacou que a iniciativa envolvia questões complexas:

“A adoção do Bitcoin como moeda de curso legal levanta uma série de questões macroeconômicas, financeiras e jurídicas que requerem uma análise muito cuidadosa. Por isso, estamos acompanhando os desenvolvimentos de perto e continuaremos nossas consultas com as autoridades.”

Depois, quando o Bitcoin já tinha sido adotado, o FMI insistiu que o país abandonasse a criptomoeda. O presidente Nayib Bukele ignorou as críticas e seguiu com suas ações para ampliar o uso da moeda digital.

FMI contra o Bitcoin

Agora, ao que parece, o FMI está fazendo o mesmo com a CAR. O fundo disse que está trabalhando com as autoridades do país para encontrar soluções para “esses problemas”. 

O chefe do Departamento Africano do FMI, Abebe Aemro Selassie, disse na semana passada que um sistema de pagamento “robusto” com transparência financeira e uma estrutura de governança deve estar em vigor ao adotar criptomoedas.

Além disso, ele afirmou que o Bitcoin não era uma “panaceia” para os problemas econômicos da África.

Mais recentemente, Selassie disse à Bloomberg que a adoção apresenta uma série de desafios para o país e a região.

Conforme destacou, a adoção do Bitcoin pelo CAR levanta grandes desafios legais, de transparência e de política econômica:

“Os funcionários do FMI estão ajudando as autoridades regionais e da República Centro-Africana a lidar com as preocupações colocadas pela nova lei.”

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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