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FMI e Banco Mundial se apressam para lançar moedas digitais de bancos

As principais instituições financeiras globais lançaram um relatório pedindo que os bancos centrais trabalhem juntos para conseguir “interoperabilidade” entre suas moedas digitais. O documento, publicado nesta sexta-feira (9) foi elaborado pelo Banco de Compensações Internacionais (BIS), Fundo Monetário Internacional (FMI) e Banco Mundial.

No relatório, as instituições delineiam de que forma essa cooperação global deve funcionar. Entre outras coisas, eles destacam a criação de padrões comuns e o estabelecimento de infraestruturas de pagamentos internacionais.

“As moedas digitais dos bancos centrais são um caminho potencial para melhorar os pagamentos internacionais. Mas elas trazem riscos para as economias emergentes e em desenvolvimento. Também exigem muito trabalho nas condições regulatórias e de políticas para serem bem sucedidas’’, afirmou Indermit Gill, vice-presidente do Banco Mundial.

CBDCs além das fronteiras

Conforme apontou o relatório, o G-20 tornou os pagamentos transfronteiriços uma prioridade. Para essas lideranças, é fundamental que esses serviços de pagamento sejam mais rápidos, baratos, transparentes e inclusivos.

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Com base nisso, as três instituições desenvolveram o relatório em questão apresentando um balanço da dimensão internacional dos projetos de CBDCs.

Além disso, avaliaram até que ponto essas moedas digitais nacionais podem ser usadas ​​para pagamentos transfronteiriços. O relatório também investiga possíveis implicações macrofinanceiras associadas ao uso internacional das CBDCs. 

De acordo com o documento, se os projetos de moedas digitais em diferentes jurisdições forem coordenados de forma eficaz, os pagamentos internacionais podem ser melhorados.

Ademais, dado que as CBDCs serão implementadas em ritmos diferentes, é necessário que haja interoperabilidade entre os projetos e os sistemas de pagamento existentes.

Segundo as instituições, os pagamentos transfronteiriços com CBDCs podem ser concebidos de duas maneiras diferentes. O primeiro cenário envolve a existência de uma moeda digital voltada para o varejo. Ou seja, para o uso doméstico. 

Já o segundo caso, inclui a interoperabilidade entre CBDCs com base em acordos para facilitar o uso transfronteiriço.

“Tais arranjos podem conectar CBDCs de atacado e varejo através das fronteiras. Assim, implicaria uma forte cooperação entre os bancos centrais e incluem aspectos tecnológicos, de estrutura de mercado e legais.”

Arranjos multi-CBDC

O relatório apontou ainda que, até o momento, nenhuma grande jurisdição lançou oficialmente uma CBDC. A China, é o país mais avançado nesse sentido. Afinal, os testes da CBDC chinesa já alcançaram 10 milhões de usuários.

De todo modo, as instituições pontuam que muitas decisões de projeto e políticas ainda estão sem solução.

Para Benoît Cœuré, chefe do Centro de Inovação BIS, uma possível saída é o estabelecimento de arranjos multi-CBDC (mCBDC) entre bancos centrais:

“Estes acordos mitigariam os riscos e fricções transfronteiriços e entre moedas. Dessa forma, reforçaria, ao mesmo tempo, o papel do dinheiro do banco central como uma âncora para o sistema de pagamentos”, disse Cœuré.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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