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FinCEN alerta sobre criptoativos, mesmo ajudando a lavar R$ 10 trilhões

Kenneth Blanco, diretor da FinCEN (Rede de Combate a Crimes Financeiros dos Estados Unidos), disse que os bancos devem pensar sobre sua exposição ao risco de criptomoeda.

Durante uma conferência virtual na terça-feira (29), Blanco disse que a FinCEN avalia a eficácia de seus programas de combate à lavagem de dinheiro (AML, na sigla em inglês).

Para ele, os bancos precisam avaliar quais controles eles possuem para identificar transações com criptomoedas.

“Quais controles básicos temos em vigor para identificar os clientes? Temos clientes institucionais ou de moeda virtual peer-to-peer? Como nossa instituição financeira interage com os sistemas de pagamento emergentes?”, questionou.

O diretor questionou sobre as ferramentas utilizadas pelos criminosos para realizar crimes financeiros.

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“Os fraudadores usam plataformas cibernéticas, como a dark web, redes sociais e e-mail. Com isso, eles recrutam pessoas, obtêm informações fraudulentas de beneficiários e compartilham informações sobre programas governamentais”, alertou.

FinCEN fecha o cerco

Em mais de uma vez, Blanco questionou o nível de segurança das ferramentas bancárias.

“Temos o ferramentas que precisamos para identificar e relatar atividades potencialmente suspeitas que ocorrem por meio de nossa instituição financeira? Todas essas questões remontam às políticas e procedimentos em vigor para reduzir o risco”, disse.

O diretor acrescentou que se os bancos não estiverem pensando nessas questões, elas ficarão mais claras quando os examinadores os visitarem.

No ano passado, a FinCEN, a Comissão de valores Mobiliários dos EUA (SEC, na sigla em inglês) e a Comissão de Negociação de Futuros e Commodities (CFTC) emitiram uma declaração conjunta.

O documento exigia que as empresas que lidam com criptoativos cumpram as obrigações de AML. Isso inclui manutenção de registros e envio de relatórios de atividades suspeitas.

Criptoativos são mesmo o alvo certo?

Os alertas dos reguladores financeiros podem ficar mais frequentes. Recentemente, a própria FinCEN reportou que mais de R$ 10 trilhões foram lavados nos principais bancos dos EUA.

Apelidado de “FinCEN Leaks“, o documento expôs 2.657 documentos e 2.121 relatórios de atividades suspeitas. Os documentos enviados pelos bancos às autoridades mostravam dados entre os anos de 2000 e 2017.

A lista reúne grandes instituições, como o Deutsche Bank (Alemanha), JPMorgan (EUA) e o Barclays (Reino Unido).

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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