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Falta de regras para criptomoedas ajuda oligopólios ineficientes, diz ABCB

A Associação Brasileira de Criptoativos e Blockchain (ABCB) se pronunciou no inquérito que investiga supostas condutas anticoncorrenciais por parte de instituições financeiras em desfavor de corretoras de criptomoedas.

Ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), a ABCB disse que a ausência de uma regulamentação nacional para os criptoativos é uma forma de proteger o que chamou de “oligopólios ineficientes”.

Além disso, a Associação apontou uma série de avanços na regulamentação dos ativos digitais em todo o mundo. O objetivo era mostrar ao Cade que o Brasil está indo na contramão desse movimento.

Negacionismo dos criptoativos

Em ofício ao conselho, a ABCB destacou que a autoridade financeira e monetária brasileira tem adotado uma postura negacionista em relação aos criptoativos.

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Enquanto isso, diversos países estão avançando na regulamentação e regulação das criptomoedas.

Como exemplo, a ABCB citou o caso dos Estados Unidos, onde os bancos licenciados já podem fornecer serviços de custódia para criptomoedas.

Segundo a ABCB, essa autorização é um grande desenvolvimento para a indústria de criptoativos. Isso porque anteriormente, a custódia das chaves criptográficas para carteiras de criptomoeda era competência de firmas especializadas.

A ABCB também mencionou o documento “Como os bancos podem ter sucesso com criptomoedas” publicado neste mês.

Nele, o Boston Consulting Group e o escritório de advocacia White & Case alertam que os bancos não podem mais ignorar as criptomoedas.

Segundo o documento, os ativos digitais apresentam grandes perspectivas, pois oferecem mais eficiência, transparência e menos burocracia.

Outro caso citado pela ABCB é o da Suíça que aprovou recentemente reformas na legislação para “tornar os criptoativos respeitáveis”.

A associação explica que, no país, Bitcoin costumava ser associado a crime e lavagem de dinheiro. No entanto, agora, o país alterou seu ordenamento jurídico para aceitar as criptomoedas e a tecnologia blockchain.

Reguladores mantêm “cabeça escondida no buraco”

Nesse sentido, a ABCB observa que a legislação pode abrir as portas para o financiamento descentralizado.

Ao mesmo tempo, pode viabilizar a criação de ações de empresas digitais e uma série de outros ativos negociáveis. 

Entretanto, no Brasil, essas possibilidade parecem ser ignoradas:

“Enquanto isso, no Brasil, nossos reguladores insistem em manter a ‘cabeça escondida no buraco’, protegendo oligopólios ineficientes e contribuindo com a dissimulação de motivos para o fechamento do mercado financeiro às corretoras de criptoativos”, finaliza a ABCB.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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