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Exchange lança primeiros contratos futuros para mineração do Bitcoin

Com o sucesso recente dos contratos futuros de Bitcoin, não tardaria para que esta modalidade de derivativos ganhasse novas opções. E foi exatamente o que a exchange FTX fez ao anunciar na sexta-feira, 15 de março, o lançamento de contratos futuros baseados no poder de processamento (hash rate) do Bitcoin.

A FTX divulgou seu plano de lançar futuros de hash rate de Bitcoin em agosto, Mas o produto levou quase nove meses de trabalho até finalmente poder ser lançado.

Primeiros contratos expiram em julho

O primeiro contrato futuro de mineração do Bitcoin da FTX está marcado para o terceiro trimestre de 2020. Ele expira para a dificuldade média de mineração registrada entre julho a setembro de 2020.

O CEO da FTX, Sam Bankman-Fried, afirmou que a exchange registrou “uma tonelada de interesse” em futuros de hash rate. O interesse partiu sobretudo de mineradores e empresas do setor de mineração.

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Por conta disso, a FTX também lançou futuros de mineração para os períodos do quarto trimestre de 2020 e primeiro trimestre de 2021.

Thomas Heller, diretor de negócios global do pool de mineração F2Pool, disse que está “empolgado” por ver o lançamento do novo produto.

“Até agora existiam mecanismos limitados para que os pools de mineração protejam seus riscos. Os futuros de hash rate da FTX podem ser usados para estruturar vários tipos de produtos financeiros para as mineradoras”, disse ele.

Heller acrescentou que, à medida que o produto do terceiro trimestre da FTX se estabelece com base na dificuldade média da rede durante todo o período do terceiro trimestre, “qualquer um agora pode participar do ecossistema de mineração mesmo sem possuir hardware”.

Um hedge para a mineração de Bitcoin

Embora pareça algo inusitado, a proposta tem um certo sentido. Os contratos futuros se ajustarão à dificuldade média de mineração do Bitcoin por um período de tempo, o que significa que representam aproximadamente o hash rate total usado para minerar o criptoativo.

Esses contratos tem como objetivo ajudar os mineradores a se protegerem contra os ajustes de dificuldade de mineração do Bitcoin. Além do halving, o ajuste periódico da dificuldade ocorre a cada 2016 blocos (cerca de duas semanas).

“É impossível medir exatamente o hash rate do Bitcoin. O melhor que você pode fazer é aproximá-lo dos tempos e da dificuldade dos blocos. No entanto, dado que os ajustes de dificuldade tentam manter o tempo médio de mineração em 10 minutos por bloco, por longos períodos, o hash rate médio será proporcional à média. Isso significa que, eventualmente, o futuro da dificuldade deve se comportar de maneira semelhante ao futuro do hash rate”, disse a FTX.

O CEO da FTX mostrou-se animado com o novo produto e espera que os futuros de mineração estreitem a relação entre a exchange e o setor.

“Estamos ampliando nosso relacionamento com empresas de mineração e intermediários. Portanto, agora achamos que temos uma rede suficiente para trazer interesse e fluxo reais a esses futuros ”, disse Bankman-Fried.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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