Economia

EUA devem designar mixers de criptomoedas como centros de lavagem de dinheiro

Após relatos de que o Grupo Hamas estaria empregando criptomoedas como meio de financiamento, um conjunto de senadores dos Estados Unidos tornou público um comunicado no qual solicitam a implementação de um plano para combater a utilização de criptomoedas no financiamento do terrorismo. E, ao que parece, o governo Biden vai atender à exigência.

De acordo com uma reportagem do Wall Street Journal (WSJ), a administração de Biden deve designar os chamados “mixers” de criptomoedas, plataformas que promovem o anonimato dos usuários, como centros de lavagem de dinheiro que ameaçam a segurança nacional.

A designação será uma forma de sanção e exigirá relatórios especiais para quaisquer transações financeiras.

Criptomoedas e financiamento ao terrorismo

Vale ressaltar que os EUA já sancionaram o popular mixer de criptomoedas Tornado Cash e prenderam seus desenvolvedores. O país alegou que a plataforma facilitava a movimentação de dinheiro ilícito.

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“A ação de hoje ressalta o compromisso do Tesouro em combater a exploração de misturadores de moedas digitais por uma ampla gama de atores ilícitos, incluindo atores cibernéticos afiliados ao Estado, criminosos cibernéticos e grupos terroristas”, disse Wally Adeyemo, vice-secretário do Tesouro.

Ainda segundo Adeyemo, de forma mais ampla, o Departamento do Tesouro está “a combater agressivamente a utilização ilícita de todos os aspectos do ecossistema” por grupos terroristas, incluindo o Hamas e a Jihad Islâmica Palestiniana.

Como mencionado, as criptomoedas estão sendo alvos dos EUA após relatos de que o Hamas e a Jihad Islâmica Palestina (PIJ) teriam arrecadado milhões de dólares por meio de criptomoedas para financiarem seus ataques à Israel. Por meio dos ativos digitais, os grupos teriam conseguido contornar as sanções dos EUA.

Conforme apontou o relatório dos legisladores, entre agosto de 2021 e junho passado, Hamas e PIJ arrecadaram mais de US$ 130 milhões em criptomoedas. Contudo, entidades do mercado cripto alegam que os grupos terroristas ainda usam muito mais dinheiro como forma de financiamento do que ativos digitais.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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