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Ethereum ativa hard fork com sucesso e abre caminho para PoS

Na terceira tentativa, o Ethereum conseguiu atualizar com sucesso sua blockchain e implementar o tão esperado hard fork chamado Constantinople e, assim, seguir seu roadmap de desenvolvimento. Na primeira tentativa, em 2018, a equipe encontrou problemas nos clientes Parity e Geth durante a fase de testes, junto com um bug de consenso descoberto na implementação, isto fez a equipe remarcar o hard fok para janeiro de 2019. No entanto, chegada a data, outra vulnerabilidade foi encontrada e mais uma fez o hard fork foi adiado. Agora porém, os dois hard forks previstos, Constantinople e Petersburg, foram ativados com sucesso na blockchain do Ethereum, nesta tarde de 28 de fevereiro.

Como mostram os dados da Amerdata, que montou uma aplicação para acompanhar os desdobramentos do evento, o bloco 7,280,000, no qual houve o fork, foi extraído às 16:52 (horário de Brasília), contendo 118 transações. Agora com o Constantinople ativado, a atualização Metropolis, esta concluída e 4 EIPs de melhoria estão ativos no Ethereum:

EIP 145 – que faz modificações no EVM (Ethereum Virtual Machine) e, de forma sucinta, permitirá fazer certas coisas de forma mais fácil e barata no Ethereum.

EIP 1014 – faz modificações para que seja possível interagir com endereços específicos que servem, por exemplo, para contratos com interações contrafactuais.

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EIP 1052 – uma série de mudanças que permitirá que o GAS seja mais barato para fazer determinadas aplicações.

EIP 1234 – ajuste de dificuldade, irá reduzir a recompensa de Ether por bloco, de 3 para 2 Ethers e iniciará a mudança no PoW – Proof-of-work.

A equipe do Ethereum ainda não se pronunciou sobre como vai tratar o
EIP 1283, que em resumo torna mais barato (menos GAS é necessário) fazer certas coisas na cadeia, especialmente as que são atualmente “excessivamente” caras, a razão do adiamento da ativação do Constantinople em janeiro de 2019, originando Petersburg, uma espécie de “gambiarra” que foi ativada junto com Constantinople para corrigir justamente a falha no EIP 1283, que teria permitido um ataque de reentrada assim que o código fosse ativado.

Desta forma, enquanto o Constantinople ativou o EIP 1283, na sequência,
Petersburg desativou o mesmo EIP. Isso deve resolver o problema temporariamente, enquanto os desenvolvedores procuram uma solução definitiva para o problema.

O que vem agora?

O Constantinople faz parte de um conjunto de atualizações chamada Metropolis, que, por usa vez, está conectada ao rodmap do Ethereum desde o lançamento do projeto. O processo completo de lançamento do Ether foi dividido em quatro etapas. Isso foi feito para garantir que várias fases tivessem seu próprio tempo de desenvolvimento e que cada estágio fosse desenvolvido da maneira mais eficiente e ideal possível, sempre se adequando à maturidade da indústria. Essas quatro etapas são:

Frontier: quando o Ethereum foi lançado e todos receberam seus tokens. A primeira versão do Ethereum, chamada Frontier, foi essencialmente uma versão beta que permitiu aos desenvolvedores aprenderem, experimentarem e começarem a construir aplicativos e ferramentas descentralizados com o Ethereum.

Homestead: a segunda atualização que, basicamente, construiu o Ethereum da forma como usamos atualmente e implementou uma série de EPIs, inclusive correção de bugs.

Metropolis: que é composto por duas atualizações. A primeira, Byzantium, ocorreu no bloco 4.370.000, em outubro de 2017, cujo objetivo foi melhorar a privacidade, a escalabilidade e os protocolos de segurança da rede Ethereum e agora o Constantinople, que pretende tornar o Ethereum mais eficiente, escalável e com menos taxas, além de lançar os parâmetros para uma mudança no algoritmo de consenso (atualmente PoW – Proof-of-Work, o mesmo do Bitcoin).

Serenity: pode marcar o estágio final de lançamento do Ethereum e deve começar em breve agora que o Metropolis foi completado com o Constantinople.

Leia também: Mercado Bitcoin também anuncia suporte ao hard fork do Ethereum

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Cassio Gusson

Cássio Gusson é jornalista há mais de 20 anos com mais de 10 anos de experiência no mercado de criptomoedas. É formado em jornalismo pela FACCAMP e com pós-graduação em Globalização e Cultura. Ao longo de sua carreira entrevistou grandes personalidades como Adam Back, Bill Clinton, Henrique Meirelles, entre outros. Além de participar de importantes fóruns multilaterais como G20 e FMI. Cássio migrou do poder público para o setor de blockchain e criptomoedas por acreditar no potencial transformador desta tecnologia para moldar o novo futuro da economia digital.

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