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Ethereum 2.0 fará seu primeiro hard fork em breve; saiba o que muda

Pouco mais de dois meses após seu lançamento, o Ethereum 2.0 passará pela sua primeira grande atualização. A novidade foi anunciada pelo fundador do Ethereum, Vitalik Buterin.

A nova atualização ganhou o nome provisório de HF1 e virá em forma de um hard fork. Ela ainda não possui data para ser executada, mas os objetivos principais já foram definidos:

  • Adicionar suporte de cliente leve;
  • Corrigir alguns pontos fracos na Beacon Chain, os quais foram descobertos tarde demais para serem corrigidos na primeira versão;
  • Teste o mecanismo de hard fork com uma mudança relativamente pequena, antes que mudanças maiores precisem ser feitas.

Dessa forma, a atualização terá duas funções principais. A primeira delas será as mudanças citadas acima. Já a segunda será testar como um hard fork funcionará na nova rede.

Sobre as mudanças

A maior mudança prática é o suporte para clientes leves (light clients, na sigla em inglês). Estes são nós que teriam requisitos mínimos de recursos e poderiam ser executados em dispositivos móveis.

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Isso permitiria “carteiras com nível de de confiança mínimo”, que são capazes de verificar o blockchain por conta própria, em vez de depender de provedores externos.

O suporte ao cliente leve é ​​introduzido por meio de “comitês de sincronização” de propósito especial, grupos de validadores que são designados aleatoriamente para criar assinaturas especiais. Esses grupos tornam mais fácil determinar a versão correta da rede.

Proteção contra modificação de transações

Outras melhorias incluem correções para regras de escolha de hard forks. Alguns problemas sutis foram identificados por desenvolvedores da rede.

Eles exigem um tempo preciso, mas podem ter permitido que agentes mal-intencionados explorassem a rede enquanto controlavam uma pequena parte dos validadores.

Com isso, os desenvolvedores identificaram várias instâncias do protocolo como sendo potencialmente vulneráveis ​​a ataques de reorganização.

Este tipo de ataque é extremamente danoso, pois pode apagar dados de boa parte de uma blockchain. Por exemplo, a criptomoeda Verge (XVG) sofre um ataque desse tipo recentemente. Cerca de 200 dias de transações foram apagados da sua rede.

Esses pontos fracos eram conhecidos antes do lançamento, mas foram descobertos tarde demais para serem corrigidos a tempo, escreveu Buterin. Daí a necessidade da nova atualização.

Mudanças práticas e data de execução

Apesar de já ter a proposta detalhada, não há previsão de quando o hard fork será executado. Isso porque ele ainda precisa passar por revisão de alguns dos detalhes da proposta.

Para Jeff Prestes, especialista em blockchain da exchange Mercado Bitcoin, as mudanças representam atualizações que visam melhorar e evoluir o Ethereum 2.0.

“Acredito que o termo hard fork não seja o melhor. Talvez “evoluções” seja mais adequado pois, na verdade, o que está acontecendo são atualizações dentro do protocolo principalmente para que as diferentes clients do Ethereum possam conversar e seguirem evoluindo”, disse.

Prestes tem acompanhado um dos principais clientes do Ethereum 2.0, o Prism. E classifica como “salutares” as mudanças que ocorrerão na rede.

“O que tenho visto nos fóruns de anúncios de desenvolvedores é que as atualizações estão acontecendo de acordo com o planejado. É um movimento salutar, que proporciona benefícios para todos os participantes da rede”, concluiu.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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