Economia

Entenda por que ETF de Bitcoin de gestora brasileira ficou de fora da lista de registros alterados

Enquanto várias gestoras de ativos dão passos importantes na busca pela aprovação de seus respectivos pedidos de fundos negociados em bolsa (ETFs) de Bitcoin à vista (spot) nos Estados Unidos, a Hashdex, uma empresa brasileira de gestão de criptoativos, se destaca por não apresentar alterações em seu formulário S-1 junto à Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC).

Companhias financeiras como Valkyrie, WisdomTree, BlackRock, VanEck, Invesco, Galaxy, Grayscale, ARK Invest e 21Shares ajustaram seus formulários S-1 na segunda-feira (08).

Contudo, a Hashdex parece ter optado por não participar desse movimento. Essa decisão levantou especulações sobre o status regulatório do ETF de Bitcoin proposto pela Hashdex.

Solicitação de ETF da Hashdex é diferente

Jeff Seyffart, analista de ETFs da Bloomberg, que segue de perto os andamentos dos pedidos de ETFs, destacou a abordagem única da Hashdex. Ele explicou que diferentemente das outras empresas, a gestora brasileira busca a  conversão de um ETF de futuros de criptomoedas existente em um novo veículo de investimento.

🚀 Buscando a próxima moeda 100x?
Confira nossas sugestões de Pre-Sales para investir agora

Seyffart mencionou em uma postagem no X (antigo Twitter) a ausência de atualizações da Hashdex, observando que o produto já opera como um ETF.

“Além disso, como outros já apontaram, ainda não há nenhuma atualização da Hashdex. Mas eles são diferentes do restante do grupo. Isso porque são o único produto desta lista que já está operando como um ETF. Portanto, não vou dar muita importância a isso por enquanto”, escreveu ele no X.

Apesar de a aprovação de ETFs de Bitcoin não ser garantida, especialistas veem ações e reuniões frequentes com a SEC como indicativos positivos. Uma decisão anterior do juiz ordenou à SEC que revisse um pedido de ETF de Bitcoin da Grayscale Investments, considerando a rejeição inicial como “arbitrária e caprichosa”.

A falta de alterações no formulário S-1 pela Hashdex pode sinalizar um possível atraso, mas, se a SEC aprovar vários ETFs nesta semana, isso pode não afetar os motivos subjacentes para aprovação ou negação do ETF.

ETF da gestora brasileira

Conforme noticiou o CriptoFácil, a gestora brasileira iniciou uma campanha de mídia promovendo o Bitcoin em dezembro, alinhando-se a anúncios semelhantes de outras empresas do setor. O novo anúncio, divulgado na conta X da Hashdex na quinta-feira, explora como a percepção sobre certas tecnologias mudou ao longo do tempo, incluindo os computadores pessoais.

No anúncio, um homem aparece em um antigo aparelho de televisão:

“É incrível o tremendo impacto que os computadores domésticos tiveram em todos”, diz ele. “Mas parece que as pessoas com quem conversei dizem que leva mais tempo para fazer algo colocando no computador do que se você simplesmente mantivesse registros simples em casa.”

A transmissão é interrompida. A música aumenta. E a tela exibe: “Entender a inovação disruptiva leva tempo. Chegou a vez do Bitcoin.”

Compartilhar
Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

This website uses cookies.