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O VanEck Bitcoin Strategy ETF (XBTF) estreou na terça-feira (16), mas sua captação foi muito abaixo do esperado. Devido a queda no preço do BTC, o XBTF captou apenas US$ 9,6 milhões, ou R$ 54,1 milhões na cotação atual.
No primeiro dia, o XBTF negociou 38.398 cotas, fechando a US$ 59,73 por cota. Ou seja, teve uma ligeira queda perante o preço de abertura (US$ 60 por cota).
A título de comparação, o ETF da ProShares (BITO) atingiu a marca de US$ 1,2 bilhão em 2 dias. Por outro lado, o Valkyrie Bitcoin Strategy (BTF) chegou a US$ 60 milhões. O resultado decepcionante veio poucos dias após o ETF spot da VanEck ter sido rejeitado nos Estados Unidos.
“Obviamente, ficamos desapontados ao saber sobre a decisão sobre o ETF spot, que ainda vemos como um produto melhor. No entanto, à luz dessa decisão, estamos animados para trazer para o mercado uma exposição ligada à Bitcoin aos investidores em um fundo comercializado regulável”, disse Kyle DaCruz, diretor de produtos de ativos digitais da VanEck.
Aparentemente, o XBTF sofreu com um grande problema de timing no seu lançamento. Afinal, o ETF veio ao mercado no mesmo dia em que o BTC sofreu uma forte queda. O preço da criptomoeda chegou a cair abaixo dos US$ 60 mil, perdendo quase 10% de valor.
Uma das razões para a queda foi a redução de posições alavancadas no mercado. Muitas dessas opções foram negociadas no mercado de futuros, e o XBTF é lastreado em futuros de BTC. Como resultado, a demanda pelo produto foi impactada por esses fatores.
Além disso, o mercado ainda aguarda um ETF que invista diretamente em BTC, visto como uma opção mais segura para se expor ao preço. No entanto, a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC, na sigla em inglês) rejeitou ou adiou todos os ETFs desse tipo até então.
Com o fracasso no lançamento, a VanEck tenta ganhar vantagem através da estrutura do seu ETF. Segundo DaCruz, o XBTF possui taxas mais baixas, cobrando 0,65% ao ano, ao passo que o BITO e o BTF cobram 0,95%. Além disso, o fundo possui uma estrutura que permite lidar melhor com perdas do mercado, como a que ocorreu na terça-feira.
“A capacidade de tratar perdas e levar os avançados e para trás é fundamental nesta classe de ativos. Quando uma companhia regulada de investimentos (RIC) tem um ano de baixa, não há nada que você possa fazer com essas perdas. Mas uma estrutura C-Corp (presente no XBTF) pode postergar essas perdas para cinco anos no futuro ou três anos no passado para compensar os ganhos”, disse DaCruz.
Em outras palavras, o ETF pode até terminar o ano com perdas financeiras. Contudo, neste caso elas podem ser transportados e deduzidos dos lucros do ano seguinte. Os investidores podem usar essas perdas para reduzir os impostos que devem pagar em ganhos futuros.
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