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Estudiosos muçulmanos consentem ao Ethereum permissão da lei islâmica

O movimento mundial em direção à descentralização e às criptomoedas foi matéria de debates e estudos por estudiosos muçulmanos por vários anos.

Ao definir algo como “Halal”, os estudiosos consentem que os seguidores da religião muçulmana possam utilizar Ethereum sem infringir as leis do ponto de vista religioso e social (Sharia). O termo “Halal” está particularmente associado às leis islâmicas e procuram mobilizar as massas para o que é  “permissível” (Halal) e o que é proibido (Haram), seguindo diretrizes religiosas interpretadas a partir do Alcorão.

Os debates geralmente dizem respeito ao seu status de moeda. Os princípios da Sharia proíbem a usura – emprestar dinheiro para obter lucros através de juros – e preferem trocas de bens a lastreadas por ativos físicos, como o ouro. No entanto, criptomoedas são ativos físicos não-lastreados, portanto, poderiam produzir lucros maciços por meio de juros, causando um desestabilização na comunidade financeira islâmica.

Mas um novo artigo divulgado no início deste mês pode finalmente fornecer alguma clareza.

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Os principais estudiosos muçulmanos divulgaram um whitepaper que certifica que a criptomoeda nativa do Ethereum, Ether, é conciliável com a Sharia. O jornal Amanie Advisors disse que, como o Ether é um token de utilidade, usado principalmente para alimentar a rede, as leis da Sharia em torno da moeda não são aplicadas.

Mas os estudiosos fazem reservas sobre os usos específicos da rede Ethereum. Se determinados tokens são usados ​​para obter lucros com juros, isso não seria compatível com a Sharia. E caso o Ethereum começasse a ser usado como moeda, nova apreciação deverá ser realizada pelos consultores do jornal Amanie. Eles também disseram que os mecanismos de consenso PoW e PoS podem ser compatíveis com a Sharia, de todo modo, o mecanismo PoS do Ethereum está sujeito à revisão assim que o trabalho for implementado de fato.

Embora o julgamento do Amanie Advisors não seja de forma alguma exequível, sua opinião é influente. O jornal possui é uma voz respeitada e moderada na comunidade financeira islâmica, e o relatório pode sugestionar desenvolvedores muçulmanos a priorizarem aplicações na rede Ethereum.

“É mais fácil para as instituições financeiras islâmicas produzirem produtos certificados. Indivíduos mais conscientes da fé agora podem se envolver sem nenhuma dúvida de que a tecnologia emergente é totalmente permitida de usar”, diz Atif Yaqub, um entusiasta de blockchain.

No entanto, a relação entre os muçulmanos e o Ethereum apresentam controvérsias. No mês passado, a Coindesk acusou o Ethereum de cortejar investidores da Arábia Saudita com histórico questionável em relação aos direitos humanos.

Leia também: Banco de Abu Dhabi realiza primeira transação baseada em blockchain que atende à lei islâmica Sharia

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Thiago Catarino

Cineasta, Jornalista e Cripto Evangelista. Acredita que o blockchain tem potencial para transformar tudo, pois, restabelece à mais profunda das necessidades humanas: a confiança.

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