Segundo a agência de notícias Reuters, o Al Hilal Bank, banco com sede em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos (EAU), anunciou a conclusão da “primeira transação sukuk do mundo” com o uso da tecnologia blockchain.
O Sukuk, um instrumento legal também conhecido como títulos “complacentes com a Sharia”, permite que os investidores gerem retornos sem infringir a lei islâmica. A Sharia é um sistema de leis, criada centenas de anos após a morte do profeta do islamismo Maomé, que presente delimitar regras para reger todos os aspectos da vida de um muçulmano, nome dado às pessoas que seguem a religião islâmica.
A Reuters observa que o Al Hilal Bank de Abu Dhabi usou a tecnologia de contabilidade distribuída (DLT) para “vender e liquidar no mercado secundário uma pequena porção de seu sukuk de US$500 milhões em cinco anos”, acrescentando:
“O Al Hilal Bank tem como objetivo transformar o mercado de sukuk ao abraçar a blockchain e integrá-la à sua infraestrutura, abrindo caminho para o inovador sukuk islâmico digitalizado.”
Segundo uma porta-voz do banco, o acordo valia US$1 milhão, vendido pela Al Hilal a um investidor privado. A Reuters acrescenta que a empresa de fintech suíça Jibrel Network, que tem escritórios em Dubai, participou da transação.
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No início deste mês, uma startup suíça, apelidada de X8 AG, recebeu uma certificação financeira islâmica do Shariyah Review Bureau (SRB) para a stablecoin baseada na empresa Ethereum.
Naquele inverno, o Shariyah Review Bureau havia divulgado uma orientação para a Stellar, uma plataforma de código aberto para pagamentos distribuídos, para implantar sua tecnologia nas instituições financeiras islâmicas. A Stellar afirmou ser o primeiro protocolo de contabilidade distribuída a obter a certificação de conformidade com a Sharia.