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Estudantes chineses mostram aumento no interesse por empregos do setor de criptomoedas

Uma pesquisa realizada entre estudantes universitários na China indica que muitos deles estão otimistas com o futuro das criptomoedas em seu país. Um quarto dos entrevistados disse que procuraria emprego no setor de criptoativos e tecnologias relacionadas. Aproximadamente um em cada 12 declaram que já investem em criptomoedas.

De acordo com o portal de notícias Bitcoin.com, a pesquisa foi conduzida pela Panews com estudantes de 131 faculdades e universidades de 26 províncias chinesas. A maioria dos entrevistados (77%) é de graduação e o restante estudantes de pós-graduação. A maioria deles é especializada nas áreas de economia, administração e engenharia, mas também existem alguns que estudam literatura, por exemplo.

Investidores

Ao contrário da postura dúbia do governo chinês – que ora restringe atividades ligadas a criptomoedas, ora busca aproveitar suas vantagens – a população estudantil tem adotado moedas descentralizadas com muito menos hesitação e por razões óbvias – não apenas a utilidade que elas trazem, mas também sua resistência à censura, comum no país asiático.

A pesquisa confirma que os jovens e os conhecedores de tecnologia mostram-se entusiasmados com o futuro das criptomoedas. Atualmente, mais de 8% dos estudantes chineses possuem alguma criptomoeda, enquanto outros 9% já investiram em ativos digitais.

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Mercado de trabalho

O entusiasmo dos jovens chineses também se estende ao mercado de trabalho. Cerda de 27% dos estudantes da pesquisa indicaram que procurariam emprego na crescente indústria de blockchain no futuro. A mídia continua sendo a principal fonte de informações sobre o mercado e quase 40% dos estudantes descrevem as reportagens como influentes em sua tomada de decisão.

Apesar disso, quase um quarto dos participantes admite que não sabe nada sobre blockchain. 22% reconhecem que a cobertura da grande mídia é principalmente negativa, enquanto 17% afirmam ouvir notícias mais positivas.

Cursos sobre criptomoedas

Os autores do estudo apontam que os cursos educacionais relacionados a criptomoedas ainda são raros nas instituições de ensino superior chinesas. Não obstante, o nível de conhecimento sobre criptomoedas é relativamente alto entre os estudantes, com 67% dos entrevistados afirmando que conhecem Bitcoin.

Cerca de 15% admitiram não ter ouvido nada sobre outras criptomoedas, como Ethereum, Neo e o projeto Libra do Facebook. Apenas sete entrevistados conheciam todos os termos de uma lista de 11 termos comuns do setor de criptomoedas como “mineração”, “stablecoin” e “taxa de hash”.

A China tem estudado com cautela o impacto das criptomoedas, seja como tecnologia, seja no sistema financeiro. Como um país que cresceu ao copiar tecnologias e agora é uma potência do setor, é possível que em breve os estudantes chineses estejam na vanguarda do desenvolvimento deste mercado.

Leia também: 70 anos da República da China: do terror de Mao à potência tecnológica

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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