Uma das principais preocupações dos investidores em Bitcoin e outras criptomoedas é como armazenar seus ativos com segurança.
Quais são os riscos de manter os BTC armazenados em uma carteira pessoal? Devo confiar meus ativos à uma corretora?
Esses são alguns dos questionamentos frequentes dos usuários.
Por isso, especialistas do setor deram dicas de como manter suas criptomoedas seguras.
Uma das possibilidades é deixar suas criptomoedas em uma corretora. Já que os Bitcoins armazenados em um dispositivo, como uma carteira no celular por exemplo, correm o risco de ataques hackers.
Assim, para Daniel Coquieri, COO da exchange brasileira BitcoinTrade, o melhor a fazer é confiar seus Bitcoin a uma corretora segura.
“Eu não recomendo fazer a própria custódia das moedas, a menos que tenha estudado muito o assunto e saiba mitigar os riscos. Quem não souber fazer isso direito corre o risco de perder tudo e não terá com quem reclamar”, diz Coquieri.
Entretanto, para deixar suas criptomoedas em uma exchange é preciso ter cuidado na hora de escolher a melhor opção do mercado.
“Procure saber tudo sobre ela: se é Idônea, se tem CNPJ e sede física, qual o nível de segurança dela e quantas reclamações tem em sites de queixas”, diz Roberto Achar, especialista em Segurança de Informação da ClearSale. “Não transfira para quem você não conhece muito bem.”
Deixar seus ativos em uma corretora é arriscado por dois motivos: o primeiro é a possibilidade da exchange ser um golpe, o segundo é o caso de a corretora ser bem intencionada, mas não conseguir garantir a segurança dos seus usuários.
Por isso, Coquieri alerta:
“Não vá na dica do amigo. Ele pode ser inexperiente e não ter feito a lição de casa (na escolha da corretora). A custódia de criptomoedas é uma responsabilidade enorme e um negócio com grandes riscos. Busque uma das três maiores casas do mercado. Uma corretora pequena dificilmente terá a estrutura de segurança necessária.”
Caso o investidor opte por fazer a custódia de suas criptos, ele precisa reforçar a segurança da carteira. Assim, Achar recomenda que o usuário proteja sua carteira com senhas fortes e autenticação em duas etapas, a chamada 2FA.
“Isso dificulta muito o trabalho de um eventual invasor, que precisará vencer uma segunda barreira. O ideal é que o segundo fator de autenticação não esteja no mesmo local onde está a carteira.”
Outra ação importante para proteger suas criptomoedas e não cair em armadilhas. Isso porque fraudes do tipo phishing são muito comuns quando se trata de Bitcoin.
“Fuja de ofertas imperdíveis e não acredite em retornos milagrosos, nada é de graça. Isso vale inclusive para ofertas que prometem multiplicar Bitcoins ou entregar um rendimento gordo e garantido”, enfatizou Coquieiri.
O COO da BitcoinTrade justificou que a volatilidade do Bitcoin é gigantesca. Desta forma, não há como oferecer um investimento que garanta retorno de 10% ao mês, por exemplo.
Quando precisar fazer qualquer tipo de transação, verifique com muita atenção se o endereço do destinatário é mesmo o correto.
Outra medida de segurança é evitar os atalhos de cópia e cola, pois há programas maliciosos que podem agir através desta ferramenta e modificar o destino dos Bitcoins.
“Faça uma checagem tripla antes de enviar, porque não tem volta. Não pode haver margem de erro alguma”, alerta Achar, da Clearsale.
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