No início do mês de abril, o Bitcoin saiu da faixa dos US$3 mil para, em poucos dias, atingir o seu maior valor de 2019, chegando acima de US$5.200. Esta recente ascensão inesperada tem movimentado o mercado e reacendeu o ânimo de novos investidores e, como mostrou o CriptoFácil, no caso das exchanges brasileiras, o número de novos usuários bateu recordes do ano.
No entanto, embora a alta do mercado tenha animado as previsões dos especialistas, não deve levar o Bitcoin a atingir novamente seu pico histórico próximo dos US$20 mil. Para os especialistas brasileiros Safiri Felix, apresentador do programa Bloco Cripto, e Felipe Santana, da Paradigma Capital, o preço do BTC fechará o ano positivamente, sendo cotado acima de US$5 mil. Ambos, ao lado de Marcel Pechman, do Radar BTC, e Alejandro Palantzas, gerente da Kraken, participaram de um painel sobre tendências do mercado durante o Bitcoin Summit 2019, realizado pela Stratum Blockchain Tech, durante o último fim-de-semana.
“Eu acredito que o Bitcoin fechará o ano acima do que está hoje, US$5 mil, e não acredito como alguns traders e analistas dizem que ele pode fechar o ano ainda abaixo de US$3.500. Acima de tudo, o mercado de criptoativos é uma grande máquina de transferência de riqueza entre pacientes e impacientes. Por isso, temos que reforçar a importância de tudo que foi falado aqui, reforcem suas posições em Bitcoin e se abstenham deste frenesi do preço e tentem acumular aos poucos pois tenho certeza que é a melhor aposta de retorno de investimento que a gente tem disponível hoje”, destacou Felix.
Quem também concordou com o apresentador do programa Bloco Cripto foi Santana, que também destacou a importância do pensamento a longo prazo. No entanto, para Pechman, o Bitcoin ainda baterá, tranquilamente, US$10 mil até o final do ano.
“Eu vou dar um ‘copy/paste’ no melhor trader de criptoativos da atualidade que é Arthur Hayes, CEO da Bitmex. Assim como ele, eu também acredito que chegaremos nesta marca de US$10 mil entre setembro e dezembro deste ano. Cripto tem chance de dar errado, sim tem, mas quando você vê que tem tantas empresas tradicionais aportando dinheiro em empresas exclusivamente cripto, como na Kraken e na Coinbase, é sinal que estes caras, que não estão hoje em criptoativos, estão olhando para este mercado e vendo seu potencial de crescimento. Então, eu acho que por mais que este mercado de criptomoedas tenha um risco atrelado, do ponto de vista de investimento, você já tem investidores tradicionais e inclusive fundos de pensão que estão investindo no ecossistema, então pra mim, a chance disto vir a zero e virar pó é mínima”, disse Pechman.
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