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Escassez é realmente um fator importante na valorização do Bitcoin?

A questão da escassez é tida como fundamental para a comunidade do Bitcoin, com sua disponibilidade limitada geralmente vista como uma virtude em um mundo onde os governos imprimem ilimitadamente moedas fiduciárias. Com o valor do Bitcoin avançando dia após dia, o ativo digital está próximo do que nunca de seu ponto de saturação.

Conforme noticiou o site AMB Crypto, atualmente, já foram emitidos 17.763.712 BTC dos 21 milhões estipulados no whitepaper. Contudo, o último BTC será gerado no dia 07 de maio de 2140 – daqui mais de 100 anos. Então, ainda há um período considerável até que a produção de Bitcoin seja encerrada para sempre.

Muitos na comunidade de criptoativos sugeriram que a escassez do BTC possui valor genuíno, pois torna o ativo digital “deflacionário”. À luz do anúncio da moeda “Libra” do Facebook, argumentou-se que a mesma não gerará ameaça circunstancial ao Bitcoin, justamente pelo fato do Bitcoin ser escasso e a Libra não, entre outros fatores.

Um artigo publicado recentemente no Medium pela Forbes resumiu o cenário:

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“Vai demorar, mas o Facebook acelerará o entendimento das pessoas sobre criptomoedas. E quando isso acontecer, mais pessoas recorrerão ao Bitcoin por uma simples razão — o Bitcoin é escasso, enquanto a criptomoeda do Facebook não é.”

Outro aspecto que explica a importância da escassez do Bitcoin é sua comparação com o ouro, que também é uma commodity escassa. Um modelo chave que explica o valor intrínseco do ouro é a razão “Stock to Flow” (S2F).

A razão S2F de uma commodity explica o valor de escassez como a quantidade de um ativo disponível para a quantidade produzida anualmente. Ademais, quanto maior o valor S2F de um ativo, menor a taxa de inflação vinculada a ele. Atualmente, o ouro tem um valor S2F maior, mas o BTC está logo atrás – estima-se que em agosto o S2F do Bitcoin será 55,2, enquanto o do ouro será 62.

Entretanto, muitos argumentos partidos da comunidade contrários ao valor da escassez do Bitcoin estão sendo levantados, apoiados pelo argumento de Warren Buffet de que o Bitcoin não possui valor intrínseco.

Recentemente, o CEO da Euro Pacific Capital Peter Schiff explicou que o Bitcoin não é escasso, tendo em vista a disponibilidade de outros criptoativos que tornaram o valor de escassez da criptomoeda dominante redundante – uma vez que criptomoedas com características melhores podem ser criadas a qualquer momento.

O argumento foi oposto pela maior parte da comunidade dos criptoativos, com alguns dos entusiastas afirmando:

“A Mona Lisa não é escassa, porque existem diversas outras pinturas com técnicas idênticas ou superiores que podem ser criadas em uma tela de três dólares, incluindo fotocópias da Mona Lisa.”

Leia também: Confira 10 características que fazem com que o Bitcoin continue o líder entre os criptoativos

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Gino Matos

Tenho 28 anos, sou formado em Direito e acabei fascinado pelas criptomoedas, ramo no qual trabalho há três anos.

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