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Envolvido com suposta pirâmide e acusado de assassinato tem liberdade negada

De acordo com uma publicação do Superior Tribunal de Justiça (STJ) feita no dia 17 de março, Danilo Afonso Pechin teve seu pedido de liberdade negado.

Pechin foi um dos mandantes do assassinato do advogado Francisco Assis Henrique Neto Rocha ocorrido em junho de 2019, intermediado pelos sócios da suposta pirâmide financeira Valour Invest, Wilson Decaria Júnior e Edgar Acioli Amador. O assassinato do advogado foi orquestrado por conta de uma dívida que William Gonçalves Amaral, parceiro de Pechin, tinha com Rocha.

Na decisão que negou a liberdade de Pechin, os sócios da Valour Invest – presos desde agosto de 2019 – são confirmados como intermediários do crime.

Preso negociava criptomoedas com suposto piramideiro

Na decisão do ministro Joel Ilan Paciornik foi juntada um trecho da decisão do tribunal de primeira instância que culminou na prisão de Pechin, na qual é feita uma conexão entre Pechin e o outro mandante do crime com os sócios da Valour Invest.

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Segundo o trecho juntado, Pechin “mantinha negócios envolvendo compra e venda de criptomoedas” com Edgar Acioli Amador. Além disso, é dito que a dívida de Amaral com o advogado – estimada em R$ 2,5 milhões – também se deu por conta de criptomoedas. De acordo com um trecho da decisão que fala sobre a periculosidade de Pechin:

“[…] evidenciadas pelas circunstâncias da conduta criminosa – homicídio duplamente qualificado praticado com disparos de arma de fogo, mediante recompensa, em virtude de dívidas do paciente para com a vítima, ligadas à transação de criptomoedas –, somadas ao fato de que testemunhas requereram sigilo de identidade temendo por represálias […].”

Pechin e seu sócio ofereceram R$ 500 mil a Anderson da Silva Soares e Carlos Eduardo Fontes, que executaram o advogado em um posto de gasolina em junho de 2019. Por conta das práticas atribuídas a Pechin, seu pedido de liberdade impetrado por meio de habeas corpus foi negado.

Valour Invest oferecia ganhos de dois dígitos ao mês

Assim como outras diversas empresas que adentram a criptoesfera, a Valour Invest oferecia ganhos mensais fixos de dois dígitos ao mês, obtidos supostamente por meio de operações com criptomoedas.

A empresa coleciona demandas judiciais requerendo bloqueio de valores para ressarcimento de clientes lesados que, segundo reclamações na plataforma Reclame Aqui, já não recebem desde março de 2019.

Os sócios da empresa encontram-se presos desde 2019 por realizarem a ponte entre executores e mandantes do assassinato.

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Gino Matos

Tenho 28 anos, sou formado em Direito e acabei fascinado pelas criptomoedas, ramo no qual trabalho há três anos.

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