Entrevista com CEO da Walltime sobre a regulamentação do Bitcoin no Brasil

Semana passada noticiamos aqui no Criptomoedas Fácil que foi formada uma comissão na Câmara dos Deputados, que visa a regulamentação das criptomoedas no Brasil. Por esse motivo, a equipe do Criptomoedas Fácil bateu um papo rápido sobre a regulamentação das criptomoedas no Brasil com Felipe Lalli, CEO e fundador da Walltime. Confira!

Sobre regulamentação e o futuro da tecnologia

A Walltime, é uma startup localizada na cidade de Campinas?—?SP, que desenvolve soluções de software. A empresa está focada no desenvolvimento de software para dar suporte e infraestrutura à rede Blockchain, que permite muita inovação na área de armazenamento de dados de forma imutável e distribuída.

Segundo a empresa, essa tecnologia abre espaço para a criação inédita de propriedades puramente digitais sem a necessidade de confiança em qualquer autoridade central. Seus sócios-fundadores tem longa experiência na área técnica e são apaixonados por inovação tecnológica.

Com uma exchange 100% operante e segura, a empresa recebe a cada dia que passa, milhares de pessoas à plataforma.

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Qual foi a ideia central que motivou a criação da Walltime?

Felipe: “Quando li o paper do Bitcoin pela primeira vez tinha certeza que era com isso que queria trabalhar. A maior invenção desde a própria Internet. Conversei com um amigo que também se empolgou com a ideia do Bitcoin e decidimos construir a Walltime, numa época em que não havia ninguém na ativa no Brasil (o Mercado Bitcoin, que era o único, estava fora do ar e ainda não tinha voltado). Depois, mesmo surgindo outras, mantivemos a ideia por achar que a nossa plataforma iria ser muito superior. A nossa demorou mais pra sair que as outras, mas com certeza foi feita com muito mais cuidado.”

A Walltime trabalha com a possibilidade de implantar outros tipos de criptomoedas na sua plataforma?

Felipe: “Sim. Todo o backend já é preparado pra isso. Nós temos inclusive um sistema de “ordens indiretas”, anunciado aqui em primeira mão, que cria ordens com o cruzamento de vários livros. Então se há, por exemplo, uma ordem BRL x BTC, e outra BTC x ETC, o sistema automaticamente cria uma ordem BRL x ETC.?—?Falta ainda um pouco de testes e também ajustar a interface para suportar. Talvez isso até esteja disponível numa interface diferente, em outra URL. Nós queremos que a home principal da Walltime seja muito simples, e talvez adicionar outras moedas possa tornar mais complexo do que o necessário. A criptomoeda principal, e mais robusta, acreditamos ser o Bitcoin, por isso decidimos focar nele por enquanto. Ele é o portal do fiat money para o mundo crypto. Hoje, tendo bitcoin, é simples conseguir qualquer outra altcoin.”

O que você acha da tentativa de regulamentação das criptomoedas aqui no Brasil e o que isso traria de impacto futuro nos negócios?

Felipe: “Acredito que qualquer tentativa de regulamentação estatal seja maléfica em qualquer setor da sociedade. Apesar de travestida de boas intenções, na prática qualquer regulamentação apenas prejudicaria quem está começando no mercado. Regulamentações servem para formar monopólios e oligopólios. Apenas a livre concorrência e a regulamentação privada é que podem trazer benefícios para o consumidor final, como menores preços e mais qualidade e segurança.

E, de certa forma, o Bitcoin já é regulamentado. É um ativo digital, mas se comporta como um ativo qualquer. A empresa também já é obrigada por lei a seguir uma série de normas e burocracias.”

Você acha que é possível a regulamentação de algo descentralizado como o Bitcoin?

Felipe: “Claro que é possível. No papel tudo é possível. O próprio ouro, por exemplo, que tem como uma das poucas diferenças não ser puramente digital, é extremamente regulamentado. O fato de ser digital dificulta um pouco o controle, mas o Bitcoin só ficará imune a regulamentações quando a moeda local não for mais importante, e uma exchange nem for mais necessária. Creio que ainda vai levar uns bons anos. Ainda assim, ouro e bitcoin sempre serão negociados de uma forma ou de outra, mesmo que extremamente regulamentado ou até mesmo proibido.”

Quais são os principais problemas econômicos que o bitcoin resolve na sua opinião?

Felipe: “Da portabilidade, praticidade e durabilidade do armazenamento de riqueza. Da portabilidade, poder transportar milhões de um lado para o outro do globo em minutos. Da praticidade, transformar um iate, por exemplo, num pedaço de papel e guardar numa gaveta. E da durabilidade, de ter a confiança que sua riqueza não será degradada com a inflação.”

Você acha que o SegWit vai trazer vantagens para o bitcoin?

Felipe: “Sim. Inúmeras vantagens. O SegWit serve principalmente para corrigir um bug no protocolo e abrir espaço para muitas inovações em outras camadas. O SegWit é urgente.”

Qual você acha que é o potencial das criptomoedas mudarem o cenário financeiro mundial?

Felipe: “Se a Internet livrou as pessoas da censura da mídia limitada e controlada, imagine o que a Internet do dinheiro não é capaz de fazer.”

Conclusão

Está cada vez mais claro o poder transformador que o bitcoin e as criptomoedas trazem. Já era de se esperar algum tipo de tentativa de controle vindo do governo. Vamos acompanhar de perto o desenrolar dessa novela.

O que você achou dessa dessa entrevista? Deixe sua opinião na seção de comentários abaixo.

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