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Empresas cortam custos e demitem funcionários para sobreviver à baixa do mercado de criptativos

A queda nos preços do mercado de criptomoedas fez com que muitas empresas do setor revisassem seus custos e demitissem funcionários para manterem suas atividades. Uma destas empresas, como mostrou o Criptomoedas Fácil, foi a Consensys, um dos maiores hubs de inovação, incentivo e propagação do Ethereum, que demitiu toda sua equipe na América Latina e anunciou uma reestruturação total que Joseph Lubin, fundador da startup, classificou como “Consensys 2.0”.

Outro projeto que realizou demissões em massa foi a Steemit, que coordena o desenvolvimento de uma rede social baseada no token Steem e que demitiu 70% de seus funcionários. A Token Agency, que presta consultoria para empresas que pretendem realizar ICOs, também reduziu o número de funcionários, que já contou com 20 pessoas e hoje com apenas quatro. O fundador da empresa Rob Behnke diz que não fez um hedge adequado contra as quedas do Ether, que já chegou a ser cotado a US$1.300 e hoje não passa de US$90.

“Meu maior erro foi não ter uma gestão de risco apropriada. Não antecipamos que a queda aconteceria tão cedo e de forma tão abrupta”, disse Behnke.

A industria de criptoativos sentiu o baque da desvalorização e até a busca por vagas de trabalho perdeu o impulso. No site Indeed.com, por exemplo, o interesse em trabalhar neste ecossistema caiu 3%. Para se ter uma ideia, no mesmo período do ano passado, as buscas registravam crescimento de 482%. Segundo Raman Shalupau, que lançou um site de busca de vagas chamado Crypto Jobs List, em outubro do ano passado, as vendas no site estão caindo.

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No entanto, como revela a Dow Jones Newswires, empresas mais estabelecidas, que contam com o apoio de fundos reconhecidos de venture capital e que converteram seus criptoativos ou parte deles em moedas tradicionais no pico da alta, parecem estar passando melhor pela atual turbulência. A Civic, que desenvolveu um sistema de verificação de identidade baseado em blockchain, levantou o equivalente a US$33 milhões com uma ICO no ano passado, mas o fundador e executivo-chefe Vinny Lingham disse que já converteu quase 90% para dólares. “Ainda temos bastante espaço de manobra”. O mesmo caso parece ser o da SingularDTV, que converteu boa parte do Ethereum arrecadado e vem continuando seu desenvolvimento com novos projetos e até passagens em primeira classe para seus funcionários.

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Cassio Gusson

Cássio Gusson é jornalista há mais de 20 anos com mais de 10 anos de experiência no mercado de criptomoedas. É formado em jornalismo pela FACCAMP e com pós-graduação em Globalização e Cultura. Ao longo de sua carreira entrevistou grandes personalidades como Adam Back, Bill Clinton, Henrique Meirelles, entre outros. Além de participar de importantes fóruns multilaterais como G20 e FMI. Cássio migrou do poder público para o setor de blockchain e criptomoedas por acreditar no potencial transformador desta tecnologia para moldar o novo futuro da economia digital.

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