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Empresas brasileiras registram primeira compra e venda de imóveis em blockchain

Para tornar os processos de aquisição de imóveis mais transparentes e ágeis, a GrowthTech e a construtora RKM registraram dois contratos de compra e venda de apartamentos em blockchain.

Trata-se de um feito inédito no mercado imobiliário. A ação foi possível devido ao conhecimento da GrowthTech, uma startup de prestação de serviços cartorários baseados em blockchain.

Em um comunicado compartilhado com o CriptoFácil, a startup destacou que a iniciativa marca o início da digitização do setor.

Além disso, reforça a necessidade de aumentar a transparência nas relações de compra e venda de imóveis.

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Blockchain dá mais transparência ao setor

Os contratos em questão foram assinados entre a RKM Engenharia, construtora de imóveis residenciais de alta renda em Minas Gerais, e seus clientes. Cada um dos imóveis está avaliado em R$ 1,5 milhão.

Para a GrowthTech, o registro dos imóveis em blockchain representa uma mudança de paradigma para o mercado.

“O registro em blockchain permite uma relação mais transparente entre todas as partes, desde o comprador, até as securitizadoras, que passam a ter a garantia de que todos os compromissos de compra e venda de fato existem”, detalhou Hugo Pierre, fundador da GrowthTech.

Agora, a RKM planeja utilizar a tecnologia em seus novos lançamentos. O diretor financeiro da empresa, Rodrigo Junqueira, afirmou que a RKM lançará em novembro um novo empreendimento.

Este novo empreendimento também terá os contratos registrados integralmente em blockchain.

Feito inédito

Conforme explicou Pierre em entrevista ao CriptoFácil, esta é a primeira vez que um contrato de compra e venda de imóveis é registrado em blockchain no país.

Antes disso, a GrowthTech havia possibilitado que a incorporadora MRV realizasse a primeira operação de compra de terreno.

A escritura da área e registro da incorporação imobiliária do empreendimento foram feitos por meio de blockchain.

Processo de registro em blockchain

Pierre detalhou que o processo de registro em blockchain realizado junto à RKM é 100% online.

Primeiro, o comprador escolhe o imóvel em um stand virtual. Então, a incorporadora gera um contrato eletrônico de compra e venda em um sistema na web e inclui os dados do comprador.

Depois, o usuário recebe o contrato por e-mail e um link para baixar o aplicativo da GrowthTech. Em seguida, cria sua identidade digital, que é validada junto às bases da Receita Federal.

Além disso, há o reconhecimento facial biométrico e a Prova de Vida. Trata-se de um procedimento feito por um algorítimo da GrowthTech incorporado ao app.

É realizada a leitura facial detalhada do usuário, garantindo a legitimidade da identidade do comprador.

Então, o comprador assina o contrato direto pela tela do celular. A incorporadora, então, recebe e envia o documento para registro em blockchain.

Por fim, o usuário recebe um arquivo em formato PDF com o documento assinado e com a hash de registro na blockchain.

Digitização do setor

Diferentemente da digitalização, que é a migração de um negócio do meio físico para o digital, a digitização é a total integração do negócio no ecossistema digital.

Ou seja, a empresa abandona as estruturas físicas para atuar 100% no ambiente digital.

Esta é a proposta da GrowthTech. As vantagens da digitização, segundo Pierre, é poder assinar um contrato pelo celular, “sem precisar se deslocar, sem papel e sem burocracia”.

Além disso, a blockchain agrega mais segurança ao processo, garantindo a imutabilidade dos dados e a legitimidade do contrato.

Agora, os planos da GrowthTech são expandir a implementação da tecnologia para o maior número de incorporadoras possível. Desse modo, atingindo uma escala ainda maior.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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