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Até a sexta-feira (17), o preço do Bitcoin (BTC) se encaminhava para interromper uma sequência de quatro valorizações semanais consecutivas. Naquele dia, a criptomoeda operava pouco acima dos US$ 36.200, o que representa uma perda semanal de 2,2%.
No entanto, o BTC conseguiu virar esse movimento e registrou alta superior a 2,2% no final de semana, que teve como resultado a volta da criptomoeda ao patamar dos US$ 37.000. Essa valorização levou o Bitcoin a fechar a semana com ganhos de 0,87%, a quinta valorização semanal consecutiva. Neste período, o BTC registrou um ganho acumulado superior a 23%.
Por outro lado, o Ethereum (ETH) fechou a semana em queda de 1,48% e interrompeu sua sequência de quatro valorizações consecutivas. O preço da criptomoeda atingiu US$ 1.987 no fechamento da semana, mas abriu em forte alta de 4,2% nesta segunda-feira (20). Já o BTC registra ganhos de 2,3% e abriu o dia cotado a US$ 37.323.
No Top 10, a maior valorização da semana ficou com a Cardano (ADA), que teve ganhos de 5,8%, e a Dogecoin (DOGE), que se valorizou 3,4%. A Solana (SOL) veio logo em seguida, com ganhos de 2,8%. Já entre as criptomoedas do Top 100, a TAO se destacou ao subir 74% na semana, seguida pela Kaspa (KAS), que teve ganhos superiores a 64%.
O valor de mercado total das criptomoedas teve queda de 3% e abriu o dia com US$ 1,43 trilhão (R$ 7,23 trilhões), com um volume total de US$ 42,8 bilhões – alta de 12%. A dominância do Bitcoin caiu para 51,2% e a do Ether subiu para 17,2%, totalizando 68,4% do mercado.
Esse resultado continuou assim até as últimas horas do domingo (19), quando saiu o resultado das eleições presidenciais na Argentina. O país vizinho elegeu como novo presidente Javier Milei, que teve 55% dos votos contra 45% de Sérgio Massa, candidato do atual governo.
Milei é conhecido pelas suas propostas econômicas libertárias e até certo ponto ousadas para os padrões convencionais, como a abolição do Banco Central e a dolarização da economia. Mas ele também é um grande defensor do Bitcoin, que considera como uma proteção contra as políticas econômicas equivocadas dos bancos centrais globais.
Embora não tenha relação direta com o BTC, a vitória de Milei pode ter causado um impacto imediato no preço da criptomoeda. Antes da divulgação dos resultados, a criptomoeda registrava ganhos de 0,8%, mas depois da confirmação da vitória de Milei, esse percentual subiu para 2,2%. Ou seja, o fato por si só causou ganhos adicionais de 1,4 ponto percentual.
Diversas personalidades do mundo bitcoiner parabenizaram Milei pela vitória na Argentina. Michael Saylor, fundador da MicroStrategy, deu seus parabéns via X e afirmou que o “Bitcoin é a esperança para a Argentina”. Já Nayib Bukele, presidente de El Salvador, afirmou que seu time está pronto para visitar a Argentina e discutir “as ambições do país com o Bitcoin”.
A rápida e repentina valorização do Bitcoin levou os mercados de derivativos a registrarem aumentos nos seus volumes, como foi o caso dos futuros. De acordo com o Coinglass, o mercado futuro registrou um volume total de US$ 70 bilhões, aumento de 21% nas últimas 24 horas. Entre os futuros de BTC, a Binance liderou o mercado e movimentou US$ 8,37 bilhões.
Quem apostava na queda iminente do BTC foi pego de calças curtas: dos US$ 80,7 milhões em liquidações nas últimas 24 horas, mais de US$ 61 milhões liquidaram quem estava vendido. O BTC liquidou um total de US$ 21,3 milhões, enquanto os traders de ETH perderam mais de US$ 19 milhões.
A maior liquidação ocorreu na Bybit, resultando na perda de US$ 2 milhões em uma posição de BTC, e mais de 33.000 traders foram liquidados nas últimas 24 horas.
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