Economia

Efeito cascata: duas exchanges do Japão suspendem saques de todos os usuários

A falência da exchange FTX gera consequências entre as empresas do mundo das criptomoedas. Os primeiros sinais de um efeito em cascata começam a aparecer no Japão.

Por enquanto, pelo menos duas empresas já estão travando o saque de seus usuários. A exchange Aax (com escritórios em Singapura) e a BitCoke (registada em Hong Kong) anunciaram a suspensão dos saques de seus usuários. As empresas não mencionam o caso da FTX, mas alegam que estão enfrentando “problemas técnicos”, sem dar detalhes suficientes.

A primeira a apresentar problemas foi a Aax. Já no domingo, 13, a empresa afirmou que sua plataforma passaria por uma grande atualização e, por isso, todos os fundos dos usuários seriam bloqueados.

“Atualização do sistema para proteger os usuários de vários ataques maliciosos que observamos nesses momentos de vulnerabilidade”, disse.

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No entanto, a empresa afirmou que só retomaria os saques entre 7 e 10 dias após o começo da atualização. Além disso, é detalhado no comunicado que o saldo de alguns usuários foi apresentado com erros “por falhas de terceiros”.

Enquanto isso, eles habilitaram um formulário com o qual os usuários podem solicitar a aprovação manual de seus saques, um processo “que pode demorar mais do que o normal”.

Exchanges com problemas

Desse modo, também ‘travando’ os saque de seus usuários, a BitCoke comunicou que suspendeu todas as retiradas. Porém, no caso da empresa, foi alegado estarem sem capacidade de acessar as chaves privadas. Logo após o comunicado, o site da empresa saiu do ar.

Antes dos problemas, a Aax ocupava o 58º lugar no ranking de exchanges da CoinMarketCap. Por sua vez, a BitCoke está na posição 104. Dessa forma, tanto a Aax quanto a BitCoke evitaram fazer menção direta ao FTX em suas comunicações. No entanto, Aax o cita como uma justificativa ao discutir as preocupações dos usuários sobre a estabilidade financeira e operacional das exchanges centralizadas.

O vice-presidente da Aax, Ben Caselin, admitiu o mau planejamento da atualização da plataforma, dado o momento que o setor está passando.

A BitCoke, por sua vez, havia listado o token FTT (FTT), da bolsa FTX, em 8 de novembro, horas antes da crise de liquidez começar.

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Luciano Rodrigues

Jornalista, assessor de comunicação e escritor. Escreve também sobre cinema, séries, quadrinhos, já publicou dois livros independentes e tem buscado aprender mais sobre criptomoedas, o suficiente para poder compartilhar o conhecimento.

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