Foto: Freepik / PNGTree - Montagem: CriptoFacil
O fundador do Terraform Labs (TFL), Do Kwon, apontado como responsável pelo colapso de Terra (LUNA) em maio do ano passado, foi preso na última quinta-feira (24) em Montenegro, conforme noticiou o CriptoFácil. Agora, ele enfrenta acusações de fraude movidas por procuradores federais de Nova York, nos EUA.
Kwon, que esteve foragido por meses mesmo após alerta global da Interpol, também enfrenta uma investigação na Coreia do Sul, o seu país natal.
De acordo com a denúncia, Kwon está sendo acusado de conspiração para fraudar, fraude de commodities, fraude de valores mobiliários, fraude eletrônica e conspiração para se envolver em manipulação de mercado. Diante disso, o Departamento de Justiça poderia buscar a sua extradição para os EUA.
Ainda conforme o processo, Do Kwon fez uma série de declarações falsas e enganosas de fatos relevantes ao longo de vários anos. O documento cita aparições na TV e tuítes em contas vinculadas à TFL, empresa por trás de Terra (LUNA) e da stablecoin UST.
“Do Kwon concordou com outros em fraudar os compradores de criptomoedas emitidas pela TFL, enganando esses compradores sobre a eficácia do mecanismo algorítmico que supostamente garantiu a estabilidade do preço da UST por meio de declarações falsas e manipulação de mercado”, diz o processo.
A acusação também destaca que o investigado entrou em contato com “representantes de uma empresa de comércio e investimento dos Estados Unidos”, cujo nome não foi citado, para obter ajuda na “alteração do preço de mercado da UST”.
O responsável pelo anúncio da prisão de Do Kwon foi o ministro do interior de Montenegro, Filip Adzic. A polícia deteve o procurado pela Interpol no aeroporto de Podgorica com documentos falsificados.
A Agência Nacional de Polícia da Coreia confirmou que o preso era, de fato, Kwon com base na verificação de idade, nome e nacionalidade de sua carteira de identidade.
Em fevereiro deste ano, a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) acusou Do Kwon e a Terraform Labs de promover uma fraude multibiliária. De acordo com a SEC, a TFL ofereceu e vendeu títulos não registrados por meio do uso de criptoativos.
A SEC afirma que a UST era um valor mobiliário. Portanto, a empresa não tinha autorização para emiti-la nem vendê-la aos investidores. Por fim, a SEC também acusou Do Kwon de desviar 10.000 Bitcoins (BTC) para suas contas particulares. Ele teria mandado o valor, correspondente a R$ 1,2 bilhão, para um banco na Suíça.
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