Economia

Dificuldade de mineração do Bitcoin deve registrar maior alta dos últimos sete meses

Enquanto o preço do Bitcoin (BTC) opera em queda, a rede ganha cada vez mais força. De acordo com o site do pool da btc.com, a dificuldade de minerar BTC aumentou quase 30% nas últimas duas semanas. E o próximo ajuste deve quebrar uma nova marca positiva.

Ao que tudo indica, a dificuldade de mineração do BTC deve subir cerca de 7% no próximo ajuste, previsto para ocorrer na quarta-feira (31). Se isso acontecer, será o maior ajuste desde 21 de janeiro, quando a dificuldade aumentou 9,32%.

Maior crescimento desde janeiro

Nos últimos anos, a dificuldade de mineração do BTC opera com base em ciclos. A taxa normalmente diminuiu durante os meses de verão, já que alguns países, como o Irã, proíbem a mineração neste período devido à alta demanda de eletricidade.

Isso aconteceu mais uma vez em 2022, e a rede do BTC sofreu três ajustes negativos consecutivos no meio do verão. O maior deles ocorreu em 21 de julho (-5,01%), a maior queda registrada em mais de um ano.

🚀 Buscando a próxima moeda 100x?
Confira nossas sugestões de Pre-Sales para investir agora

A tendência mudou em 4 de agosto, quando a dificuldade de mineração registrou um aumento positivo de 1,74%. Duas semanas depois, em 18 de agosto, a rede sofreu outro ajuste, desta vez de 0,63%.

O próximo ajuste está programado para ocorrer em menos de 48 horas, e dados do BTC.com mostram que deve haver um aumento de 6,88%. Este seria o maior desde 21 de janeiro (9,32%).

Para que serve o ajuste?

O ajuste de dificuldade de mineração de BTC é uma parte essencial da maior blockchain do mundo que torna mais fácil ou mais difícil para os mineradores fazerem seu trabalho. Este ajuste ocorre a cada 2.016 blocos minerados (cerca de duas semanas em média).

A rede faz o ajuste de acordo com o número de entidades conectadas à rede. Se há mais mineradores na rede, a dificuldade aumenta; se há menos mineradores, a dificuldade cai. Dessa forma, a dificuldade de mineração serve para controlar a demanda dos mineradores

Essencialmente, quanto mais os mineradores trabalham na rede, mais difícil fica para eles obterem as recompensas e vice-versa. O ajuste garante que a produção de blocos permaneça a mesma, não importa quantos mineradores estejam ativos.

A taxa de hash do BTC também se recupera

A dificuldade de mineração e o poder de processamento da rede (hash rate) geralmente se movem em conjunto. Sempre que o hash rate diminui, o mesmo acontece com a dificuldade de mineração, visando se adaptar com a queda.

Como tal, não é de admirar que o hash rate tenha caído nos últimos meses. De acordo com o btc.com, o hash rate do BTC atingiu a máxima histórica em 10 de maio, chegando a mais de 223 Exahashes por segundo (EH/s). No entanto, hoje a rede tem cerca de 202 EH/s, uma queda superior a 10%. 

Leia também: Desenvolvedor do Tornado Cash preso teria laços com o FSB da Rússia

Leia também: AVAX cai 10% após delator revelar supostas manobras da Ava Labs para prejudicar concorrentes

Leia também: Bitcoin cai para R$ 100 mil após anúncio de Powell, nos Estados Unidos. Celsius dispara 13% e abre a semana como melhor investimento

Compartilhar
Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

This website uses cookies.