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Dificuldade de mineração de Bitcoin terá maior ajuste desde maio

Na sexta-feira (13), a rede do Bitcoin (BTC) deverá sofrer o ajuste de dificuldade periódico, previsto para 7,58% de aumento. Como resultado, a dificuldade chegaria a 15,6 trilhões, enquanto o hash rate total está na casa dos 103 exahashes por segundo (EH/s).

Este será o maior ajuste de dificuldade em exatos três meses, além de ser o segundo aumento consecutivo na dificuldade. Em termos anuais, o reajuste atual deve figurar como o terceiro maior de 2021.

O novo reajuste alivia a mineração após uma sequência de quatro quedas entre maio e julho. Ao mesmo tempo, mostra que os mineradores estão conseguindo realocar suas operações após o baque da proibição chinesa.

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Recuperação gradual

A dificuldade de mineração é a medida que determina o quanto é difícil descobrir e colocar em circulação novos BTC. Essa dificuldade pode aumentar ou diminuir conforme a atividade dos mineradores na rede.

Por exemplo, se menos mineradores estão tentando encontrar BTC, a mineração torna-se mais lenta, ao passo que o inverso ocorre quando mais mineradores estão na rede. Para encontrar esse equilíbrio, o algoritmo do BTC calcula o hash rate com base nos últimos 2016 blocos minerados, período que equivale a cerca de duas semanas.

Se nesse período a rede perde mineradores, a dificuldade na mineração cai, visando atrair mais pessoas para a atividade. Se mais mineradores entram na rede, a dificuldade é aumentada. Portanto, o ajuste da sexta-feira indicará que a atividade de mineração aumentou nos últimos 14 dias.

De fato, os dados do BitInfoCharts registram que o hash rate tem crescido desde o ajuste anterior, ocorrido em 31 de julho. A média móvel simples de 7 dias subiu mais de 5% neste período, indicando retomada da tendência de crescimento.

O minerador e CEO da Arthur Mining Ray Nasser destaca a velocidade na recuperação do hash rate. Nasser classifica como “surpreendente” essa velocidade, mas afirma que com a expansão da indústria e mais países abraçando a mineração, este aumento deve ser a nova tendência da indústria.

“Países como Cazaquistão, Russia e Estados Unidos estão de braços abertos (e carteiras também) para receber os mineradores. Aí vem a Marathon Mining e fecha acordo para comprar 30.000 novas maquinas da Bitmain. O ajuste continuara subindo, e cada vez mais rápido, até voltarmos ao patamar anterior à proibição na China”, explicou Nasser.

Mineradores seguem acumulando

Por fim, os mineradores seguem acumulando os BTC recém-minerados, ou seja, sem despejar novas moedas no mercado. De acordo com dados da ByteTree, a média de acumulação atingiu 298 BTC nas últimas 12 semanas.

Em outras palavras, os mineradores estão entesourando mais do que vendendo. Isso, combinado com o aumento no hash rate, pode levar a novos picos no preço. Afinal, com aumento da demanda e menos BTC em circulação, a tendência é de novas valorizações.

No momento da escrita deste texto, o BTC está em queda de 2,47%, valendo US$ 44.440 por unidade. A correção coincide com o movimento atual dos mineradores, que venderam 188 BTC a mais do que o minerado nas últimas 24 horas.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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