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Devemos usar blockchain para rastrear as vacinas contra a COVID-19

No debate de ações que visam combater o novo coronavírus, apenas uma coisa é certa: somente uma vacinação massiva da população conseguirá, com a efetividade necessária que a atual crise sanitária exige, frear a pandemia do COVID-19.

Esse esforço vacinal jamais visto pela humanidade demandará que as bilhões de doses que serão produzidas globalmente sejam distribuídas por uma cadeia de abastecimento que tenha uma eficácia jamais vista.

É importante ainda lembrar: nunca necessitamos vacinar tantos em tão pouco tempo.

Ademais, iniciadas as campanhas de vacinação em alguns países (dentre eles o Brasil), fomos brindados com notícias mostrando que algumas pessoas, como políticos e empresários, estariam “furando a fila” do calendário de vacinação – para a surpresa de um total de zero pessoas.

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Para termos um leve exemplo da capacidade criativa das pessoas, no Canadá, um empresário e sua esposa fretaram um avião em Vancouver e foram parar em Beaver Creek (mais de 2.500 km de distância) para mentir e dizer que trabalhavam em um motel local.

Como o protocolo blockchain pode auxiliar

Uma das características de uma boa e confiável cadeia de distribuição é a capacidade desta de monitorar todas as suas etapas e processos, bem como de manter os dados que nela circulam íntegros e transparentes.

Nesse sentido, a habilidade do protocolo blockchain de rastrear todos os dados que são trocados em sua rede confere à cadeia de distribuição de vacinas uma capacidade que permite que qualquer pessoa veja o caminho da dose.

Desse modo, não só os profissionais envolvidos na aplicação do medicamento poderão rastrear aquela vacina, mas os governos que compraram essas milhares de doses.

Não raro, governos compraram dois ou mais tipos de vacina. Dessa forma, o protocolo blockchain permite, ainda, que os Estados consigam acompanhar – em tempo real – a produção e entrega dessas doses.

Assim, uma cadeia de distribuição de vacinas baseada em blockchain permite, por exemplo, que os Secretários de Saúde possam gerenciar, com maior exatidão, a distribuição das doses em seus territórios.

Igualmente, os países que contrataram as vacinas terão – ao alcance de poucos cliques – a informação sobre quantas doses determinado fabricante está entregando para seus cidadãos.

Controle de perdas e combate à falsificação

Com o controle em tempo real, os governos e toda a burocracia estatal podem, ainda, mensurar se algum local de aplicação está extraviando mais doses do que a média de toda uma área.

Assim, com um efetivo controle de desperdício, mais indivíduos serão vacinados.

Ademais, na hipótese de termos chancelada a aquisição de vacinas diretamente pelas pessoas – o que, até o presente momento, ainda não existe no mundo – não podemos duvidar, por exemplo, da capacidade de algum ser sem alma de falsificar o produto que será vendido.

Nessa perspectiva, novamente, a habilidade do protocolo blockchain em rastrear todos os dados que são trocados em sua rede permitirá que os consumidores consigam verificar o caminho da vacina que estão adquirindo.

Controle de terceiros

Por fim, o amplo acesso aos dados gravados em blockchain, aliado à característica de imutabilidade do protocolo, permite que qualquer cidadão, bem como a imprensa em seu papel de fiscalizar o poder público, saiba quem foi vacinado e quando foi vacinado.

Desse modo, uma vez registrada a aplicação de uma dose em blockchain, eventuais “fura-filas” serão descobertos em poucos cliques – bem como, expostos e, se necessário for, processados.

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Aviso: O texto apresentado nesta coluna não reflete necessariamente a opinião do CriptoFácil.

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José Domingues da Fonseca

Advogado e entusiasta do mundo cripto. Nascido no interior de São Paulo e acolhido pela cidade maravilhosa. Também é apresentador do Bitcast e fundador da Universo Cripto. Conheça mais em jota.site/k7e3

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