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Derivativos de criptomoedas são proibidos nos EUA, mas traders não ligam

Os traders de criptomoedas dos Estados Unidos estão contornando as restrições do país para negociar derivativos de Bitcoin, Dogecoin e outras moedas digitais no exterior. Foi o que revelou um estudo recente divulgado nesta sexta-feira (30).

Conforme relatou o The Wall Street Journal, centenas de estadunidenses estão negociando derivativos de criptomoedas em exchanges offshore, como FTX e Binance.

Relatório analisou publicações no Twitter

O relatório em questão foi elaborado pela Inca Digital. Trata-se de uma empresa de dados cuja tecnologia é usada pela Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC) para investigações e vigilância de mercado.

O CFTC é a agência que regula a negociação de derivativos nas plataformas offshore dos EUA. Os derivativos permitem que os negociantes façam apostas alavancadas sobre se o Bitcoin e outros criptoativos irão subir ou cair.

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Assim, ao operar fora dos EUA e não atender clientes estadunidenses, as exchanges podem evitar regras do CFTC. Isso inclui requisitos de proteção ao investidor e salvaguardas contra lavagem de dinheiro e manipulação de mercado.

“Os clientes dos EUA provavelmente terão pouca ou nenhuma proteção se negociarem com empresas não registradas que operam fora dos EUA”, disse a CFTC em um comunicado por e-mail.

O levantamento do Inca Digital descobriu que os entusiastas de criptomoedas dos EUA estão encontrando certa facilidade para driblar as leis federais que os proíbem de acessar as plataformas offshore.

Na prática, os traders estão usando redes privadas virtuais (VPNs) projetadas para mascarar o país onde estão baseados. Ou então, os usuários simplesmente mentem sobre de onde são.

Para o relatório, a empresa analisou principalmente as publicações no Twitter que mencionavam negócios bem-sucedidos com criptoativos.

O Inca encontrou 2.000 desses tuítes, dos quais 372 pertenciam à estadunidenses. Contudo, o relatório destacou que este número provavelmente está abaixo do número total.

A análise contabilizou ainda que 240 dos 372 tuítes (64,5%) citavam a plataforma de negociação FTX.

FTX se pronuncia sobre o caso

Após a divulgação do relatório, a exchange de Hong Kong informou que vai restringir seus procedimentos para bloquear usuários estadunidenses.

O CEO da FTX, Sam Bankman-Fried (SBF), disse que a corretora vai identificar e remover os usuários baseados nos EUA identificados pelo Inca.

Além disso, o executivo acrescentou que esses usuários representam apenas cerca de 0,01% do volume de negociação da FTX.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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