De olho no halving, atualização automática no código do Bitcoin que reduzirá pela metade a recompensa por bloco minerado, milhares de hardwares de mineração serão ligados e religados na China. A expectativa dos mineradores é que, com o evento, o preço e a demanda por Bitcoin aumente, à medida em que haverá menos BTC sendo gerado e portanto colocado em circulação.
“Uma grande quantidade de hardwares de mineração que foram fechadas durante a estação seca, em Sichuan, que começarão a funcionar novamente na próxima estação chuvosa. O número pode até chegar 1 milhão”, disse um minerador chamado Xu Feng.
Feng atua na indústria de mineração na China há mais de 5 anos. Ele, assim como muitos de seus companheiros, desligou seus equipamentos em outubro do ano passado, vendendo todas as suas S9 por conta da contínua desvalorização no preço do Bitcoin e o aumento nos custos de energia na região devido ao uso de outras fontes de energia por conta do período de seca.
Ainda faltam dois meses para o início do período de chuvas na região, no entanto, Feng, assim como outros mineradores, já iniciou os preparativos para suas operações. No total, o minerador pretende investir cerca de US$1,5 milhão para abrigar até 100 mil equipamentos de mineração. Ele acredita que só poderá recuperar tal investimento em 2020.
“Não espere ganhar dinheiro este ano, espere até que a recompensa caia pela metade com o halving, no ano que vem” , declara Feng.
A maioria das operações de mineração de Bitcoin na China estão localizadas em Sichuan, Guizhou, Yunnan, Xinjiang e Mongólia Interior devido à grande quantidade de energia barata disponível nestes locais, sendo que em Sichuan o forte é a energia hidroelétrica, enquanto Xinjiang e Mongólia Interior possuem energia térmica.
Com a ligação destes novos equipamentos, o hashrate do Bitcoin deve atingir novos patamares históricos, no entanto, com eles, também aumenta a dificuldade de mineração, tornando a competição ainda mais acirrada.
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