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CVM vê novo apetite por ativos de risco no mercado financeiro

Os impactos da pandemia de Covid-19 no mercado financeiro estão diminuindo. É o que aponta a nova edição do Boletim Risco, divulgado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

O boletim é divulgado mensalmente. A edição mais recente saiu ao mercado na sexta-feira, 31 de julho.

Segundo o documento, houve queda na percepção de risco em todos os setores. O boletim avalia risco de crédito, risco macroeconômico, risco de liquidez e risco de mercado. Ele dá notas de 1 a 5, onde 1 é o risco mais baixo e 5, o mais alto.

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O único risco que segue em níveis altos é o risco de crédito. Todos os demais encontram-se abaixo da nota 3. Porém, a queda foi sistemática em todos os riscos.

Ao mesmo tempo, o apetite dos investidores por risco reverteu uma tendência de queda que vinha desde março.

Este índice, que estava em 3 no início do ano, caiu para próximo de 1 após a pandemia. Hoje, ele voltou acima do patamar de 2.

“Ao longo do mês de junho, e em linha com queda no indicador de risco de mercado, foi possível observar a manutenção na recuperação para a maior parte dos indicadores representativos de ativos de risco. Isso sinaliza que o choque de volatilidade causado pela pandemia da Covid-19 nos mercados financeiros já está mitigado, ao menos por agora” – afirma Bruno Luna, Chefe da Assessoria de Análise Econômica e Gestão de Riscos (ASA) da CVM.

Risco de calotes aumenta

No entanto, isso não significa que a situação voltou ao normal. Ainda há muita apreensão no mercado, especialmente por causa do alto risco de calote (default).

Um default ocorre quando um país não consegue honrar com suas dívidas. Recentemente, a Argentina fez isso e protagonizou o nono calote em 100 anos de sua história.

Em nível geral o índice de default está nos níveis mais altos desde 2016. Naquela ocasião, o Brasil estava no auge da crise financeira, tendo acabado de perder o grau de investimento.

Busca por risco pode influenciar criptoativos

Com o aumento da busca por risco, os mercados de renda variável poderão ser os maiores beneficiados. Com os juros estão em níveis baixos, a busca por investimentos de risco tende a aumentar.

Embora o boletim da CVM tenha como foco o mercado tradicional, isso pode beneficiar e muito os criptoativos. Afinal, estes são instrumentos com alto potencial de rendimento.

Ao mesmo tempo, o Bitcoin já está sendo percebido como um ativo de proteção contra crises. Isso pode impulsionar o aumento do interesse.

E como se confirmasse essa possibilidade, o mês de julho foi o mais positivo para o Bitcoin em 8 anos. O criptoativo teve uma forte alta de 25% e fechou o mês cotado acima dos US$ 11.000,00 (R$ 58.000,00).

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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