Crypto Celebrities: nova febre permite a criação de smart contracts de celebridades

Se alguém imaginava que os CryptoKitties seriam o limite em se tratando da febre de jogos baseados em blockchain, ledo engano. Mais um jogo do tipo acaba de surgir no mercado: o Crypto Celebrities.

A proposta do jogo parece ser bastante similar ao fenômeno dos gatinhos. Só que ao invés dos animais, o Crypto Celebrities gera smart contracts baseados em celebridades do mundo real. Isso mesmo: através do jogo, é possível adquirir contratos de famosos como as atrizes Julia Roberts e Jennifer Lawrence, o presidente americano Donald Trump e até mesmo de Vitalik Buterin, o criador da rede Ethereum. A presença do gênio russo, aliás, não é nenhuma surpresa, uma vez que o jogo, assim como o Kitties, também se baseia na blockchain do Ethereum.

O jogo se baseia no conceito de escassez. Cada artista possui um único smart contractos para si, impossível de ser duplicado. Assim como a sua contraparte felina, aqui o jogo também recompensa os jogadores que conseguem capturar os pefis mais valiosos e, em seguida, revendê-los com algum lucro. Também, assim como o jogo dos gatinhos, o Crypto Celebrities rapidamente criou uma febre entre jogadores que imaginavam que o valor dos contratos iria subir de maneira exponencial, como foi o caso no CryptoKitties, movimento que pode fazer com que os ativos mudem de mãos por até milhares de dólares. A demanda pelo site parece ter sido grande, já que na terça-feira, 23 de janeiro, o Crypto Celebrities foi desligado temporariamente, devido a alta demanda.

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Embora o jogo possa parecer uma grande piada a princípio, tanto na mania atual dos jogos em blockchain quanto entre as próprias celebridades, ele possui alguns recursos interessantes. Um desses recursos permite que as celebridades verificadas no jogo possam controlar os royalties da negociação de sua imagem e ganhar uma parcela dos lucros das negociações, o que pode ser uma ferramenta útil para artistas que desejem obter uma fonte de renda a mais com a sua imagem, desvinculando a celebridade das mãos de agências e outras empresas de imagem.

Talvez seja difícil imaginar veteranos como Clint Eastwood ou Donald Trump usando o ether para verificar suas contrapartes de blockchain, mas sem dúvida se trata de um conceito interessante, o qual pode ser utilizado por celebridades mais atuais e identificadas com a tecnologia. Vitalik Buterin e Satoshi Nakamoto (retratados aqui como simplesmente um ponto de interrogação) também apresentam.

Não se junte demais

Pessoas estão pagando milhares de dólares para adquirir cripto-celebridades no blockchain. Qualquer um que pensasse em fechar a lista de celebridades de Hollywood, entretanto, faria bem em não se apegar demais aos “seus” atores. Aparentemente, quem quiser comprar uma celebridade de seu proprietário atual pode fazê-lo, e não há nada que o mesmo possa fazer para interromper a venda – não existe uma forma de recusar uma proposta de compra no jogo. Como o site do CryptoCelebrities explica: “Caso alguém ofereça um valor que corresponda ao preço atual do seu smart contract, sua celebridade será automaticamente vendida para quem fez a oferta  Você perderá o cartão, mas você receberá até o dobro do valor que você originalmente investiu, em ETH“.

“Se você comprar um contrato que custe 0,2 ETH, outro jogador pode comprar-lo de você. Uma vez que isso acontece, você receberá automaticamente 0.4 ETH! A maioria dos contratos duplica em preço com cada transação até chegar a 1 ETH. Após esse valor, o aumento de preço corresponde aos seguintes valores: 2x de 0 ETH a 0.05 ETH; 1.2x de 0.05 ETH a 0.5 ETH; e 1.15x a partir de 0.5 ETH”, completa.

Como outros jogos baseados em blockchain, os contratos inteligentes que controlam a propriedade podem ser descentralizados, porém as imagens das celebridades residem em um banco de dados centralizado. O que significa que se Robert Pattinson ou o agente de Woody Allen (ou de qualquer outra celebridade) entrarem e exercerem pressão sobre o site para remover sua imagem, o mesmo será obrigado a ceder, e os jogadores poderiam terminar com um cartão vazio.

Essa insegurança pode resultar em uma diminuição da demanda dos jogadores e uma falta de interesse pelo jogo, caso as celebridades comecem a querer desassociar a sua imagem. Um exemplo: neste momento, Woody Allen vale 1.05 ETH, mas alguém estaria disposto a pagar uma taxa maior se sua imagem não estiver associada ao contrato inteligente? Até o momento, não houveram casos de celebridades que protestaram contra a presença dos cards.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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