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Crise bancária dos EUA esfria hype dos NFTs e impulsiona DeFi, mostra relatório

Não é novidade que a crise bancária nos Estados Unidos impactou o mercado de criptomoedas, sobretudo a crise do Silicon Valley Bank (SVB), que fez algumas stablecoins perderem de forma momentânea a sua paridade com o dólar. Mas um relatório recente da plataforma DappRadar detalhou os impactos em outros setores do mercado cripto, o de finanças descentralizadas (DeFi) e de tokens não fungíveis (NFTs).

De acordo com a plataforma de análise, a instabilidade da stablecoin USDC – que chegou a US$ 0,87 – gerou ondas de choque em todo o setor. 

O principal beneficiado dessa crise bancária foi o setor de DeFi, cujo volume de transações superou US$ 58 bilhões (R$ 305,5 bilhões) em todos os protocolos no fim de semana passado.

No dia 11 de março, logo após o SVB colapsar no que foi a segunda maior falência bancária da história dos EUA, a Uniswap V3 atingiu um recorde histórico no número de carteiras ativas únicas diárias (67.500), com uma média de US$ 170.080 (R$ 896.000) por transação.

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Enquanto isso, as negociações de NFT esfriaram. O dia 11 de março foi o dia com os traders de NFT estiveram menos ativos (11.440) desde novembro de 2021.

Impacto da crise bancária nas stablecoins

Conforme destacou o DappRadar, o colapso do SVB abalou o mercado de stablecoins. A principal impactada foi a Circle, emissora da USDC, que tinha quase 8% de suas reservas de US$ 40 bilhões no SVB. Após a criptomoeda estável se desvincular do dólar, o pânico se espalhou pela comunidade cripto. O preço da moeda digital se recuperou após a intervenção dos reguladores dos EUA no colapso do SVB.

Por outro lado, as stablecoins TrueUSD (TUSD) e Dai (DAI) tiveram um crescimento significativo na oferta no mesmo período. As entradas líquidas totalizaram 57,4% e 27,4%, respectivamente. Outras stablecoins, como Tether (USDT) e Frax (FRAX), também tiveram um leve crescimento na oferta. 

  • Leia também: BIS anuncia plataforma de inteligência de mercado cripto diante do colapso de DeFi e stablecoins

Impacto da crise bancária em DeFi

De acordo com o relatório, logo após o crash do SVB, o mercado DeFi experimentou uma queda significativa em seu valor total bloqueado (TVL) – ativos que circulam entre os projetos DeFi. O TVL caiu 9,6% de US$ 79,28 bilhões para US$ 71,61 bilhões. Mas na segunda-feira (13), quando o mercado se estabilizou, o valor bloqueado subiu 13% para US$ 81,15 bilhões.

Além disso, o número de carteiras ativas únicas (UAW) interagindo com contratos DeFi aumentou 13%, de 421.026 para 477.094, entre 8 e 11 de março. O destaque do setor foi a exchange descentralizada Uniswap V3. A DEX experimentou um aumento significativo no UAW, ultrapassando 67.000 em 11 de março – maior número desde 2021.

Da mesma forma, o popular agregador de DeFi 1inch Network registrou um recorde de US$ 3,4 bilhões em volume de transações no dia 11. 

Impacto da crise bancária nos NFTs

O volume de negociação de NFT segue esfriando, tendo diminuído 51% desde o início do mês, com a contagem de vendas caindo 15,88%.

“Com toda a situação girando em torno das voláteis stablecoins, os traders de NFT tornaram-se menos ativos, com sábado vendo menos traders (12.000) desde novembro de 2021 e a menor contagem de negociações em um único dia em 2023 (33.112)”, disse a DappRadar.

Apesar disso, os preços mínimos de NFTs de primeira linha, como BAYC e CryptoPunks, foram pouco afetados, com apenas uma ligeira queda abaixo de US$ 100.000 em 11 de março.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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